O dólar fechou a última quarta-feira (5) em alta de 0,23%, negociado a R$ 5,297, chegando ao maior patamar visto desde 5 de janeiro de 2023. A desvalorização das commodities, aliada a incertezas sobre dados econômicos dos Estados Unidos, vem pressionando a performance da moeda, que em 2024 acumula valorização superior a 9%.
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Diante das instabilidades no cenário global, o Itaú divulgou um relatório revisando para cima a projeção da moeda estadunidense, tanto para este ano quanto para 2025. O banco aponta para o momento vivido pelos EUA e pelos países do bloco europeu, em relação a países emergentes (como o Brasil). Também cita tensões geopolíticas em andamento na Europa e no Oriente Médio para justificar a nova leitura.
O Itaú entende que a economia dos EUA passa por um período de maior dinamismo em relação a outros países desenvolvidos — que caracteriza como ‘excepcionalismo americano’ —, apesar do quadro inflacionário persistente que o país enfrenta. Com a queda dos juros mais próxima do bloco europeu, o diferencial de juros entre EUA e Europa aumenta, jogando o dólar para cima, desde o início do ano.
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Além disso, a queda no preço das commodities é um indicativo do fortalecimento da moeda estadunidense. O banco aponta que isso se dá pelo fato de os EUA serem um país importador de commodities. No entanto, o Itaú optou por excluir o petróleo de sua análise, devido à mudança de correlação com o dólar ao longo dos anos.
Para o Brasil e outros países emergentes, o adiamento do corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense) representa uma constante saída de dólares de suas economias, fazendo a divisa norte-americana permanecer em patamares altos.
A expectativa do Itaú é que o cenário cambial com dólar forte persista e até mesmo se intensifique. Com isso, a revisão do banco retirou o dólar do patamar de R$ 5, em 2024, passando a projeção para os R$ 5,15. Para 2025, a expectativa passou dos R$ 5,20 para R$ 5,25. O relatório ainda conclui com outra revisão: a taxa básica de juros (a Selic). De 9,75% ao ano, em 2024, para 10,25% aa.
