Buffet possui dois ETFs na carteira. Ambos os ativos têm a mesma estratégia principal: seguir o desempenho do S&P 500, um índice composto por centenas das principais ações das Bolsas dos Estados Unidos. De modo geral, os ETFs tem esse comportamento, de seguir um indicador ou índice de forma idêntica e uniforme.
Seguindo essa linha, parece muito simples encontrar um ETF para investir, visto que ele apenas segue um índice de ações, dividendos ou renda fixa. No entanto, nem sempre é tão fácil como se imagina. Para Marilia Fontes, sócia da Nord Research, o investidor deve incialmente saber se o produto é aderente ao seu perfil de risco. “Não faz sentido um investidor que tem receio de ações aportar em um ETF que segue um índice de ações. O investidor deve ter esse autoconhecimento para não se frustrar”, diz Fontes em evento sobre ETFs do Itaú.
Já Guilherme Cadanhotto, sócio do Grupo Primo, comenta que o investidor pessoa física também deve olhar para a aderência do fundo. O ideal é encontrar um ETF que tenha uma alta liquidez, pois o investidor pode comprar e vender no momento em que deseja, sem se preocupar se o dinheiro pode ficar parado e sem a possibilidade de resgate. “Essa questão é fundamental, principalmente para o investidor pessoa física. É justamente por isso que a compra de um ETF não é algo fácil, o ideal é sempre olhar tudo”, argumenta.
Fontes, por outro lado, lembra que a orientação para o investidor é ver se o ETF segue seu indicador da forma correta para evitar qualquer susto com o dinheiro aportado. “O mais interessante é buscar ETFs que seguem o seu índice definido de forma mais próxima possível. Se o investidor não se atentar a isso, ele pode até ficar traumatizado quando for resgatar o dinheiro e ver que o ETF não seguiu seu indicador de mercado”, aponta.
No caso da renda fixa, o recomendável para os investidores é aportar em ETFs se o investimento for de curto prazo para ganhar com a marcação a mercado. Já se o investimento for de médio e longo prazo com foco na rentabilidade final, o melhor é ir para os títulos do tesouro. “Isso acontece porque os ETFs de renda fixa não possuem vencimento e acompanham as variações do mercado”, diz Fontes.