O Itaú BBA elevou o preço-alvo das ações da Magazine Luiza (MGLU3) para R$ 15 até o término de 2024, indicando uma possível valorização de 18% em relação à cotação atual de 12,42, às 10h45. Apesar disso, a recomendação permanece neutra, refletindo uma perspectiva cautelosamente otimista do banco em relação à varejista.
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O movimento segue a mesma tendência BB Investimentos na última terça-feira (4). Magalu foi a única empresa do setor recomendada para compra no relatório divulgado pelo banco. Com um preço-alvo de R$ 36,80, indicando uma potencial alta de 196,3%, o banco justificou a decisão por ter visto um crescimento nas margens e um aumento na posição de caixa no primeiro trimestre de 2024. Leia mais aqui.
Embora a varejista tenha registrado um lucro líquido de R$ 27,9 milhões entre janeiro e março deste ano, as projeções do Itaú BBA sugerem uma receita líquida de R$ 39,1 bilhões este ano e R$ 42,3 bilhões no ano que vem, ficando 6% e 6,5% abaixo das previsões anteriores, primariamente devido a ajustes nas suposições de custo de capital próprio. Acredita-se que a queda das taxas de juros no Brasil e o foco da empresa na lucratividade levarão a uma significativa queda no resultado financeiro.
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De qualquer forma, é esperado uma melhoria nos resultados financeiros, com a redução da porcentagem do resultado financeiro em relação à receita líquida. Os lucros líquidos ajustados são projetados em R$270 milhões em 2024 e R$603 milhões em 2025, representando um aumento significativo de 124% em relação ao ano anterior.
Já a margem Ebitda ajustada deve obter um aumento para 7,7% para o ano atual (R$ 3 bilhões) e 8,2% (R$ 3,5 bilhões) para o próximo, impulsionado pela alavancagem operacional, segundo o banco. Respectivamente, são aumentos de 41% e de 16% em relação ao ano anterior.
Outro fator que embasa a cautela é o Volume Bruto de Mercadorias (GMV) online da Magazine Luiza, que deve atingir R$ 45,6 bilhões em 2024 e R$ 49,6 bilhões em 2025, refletindo uma revisão das previsões anteriores, 10% e 13% abaixo, respectivamente, devido a ajustes em modelos desatualizados. Porém, projetam-se aumentos anuais de 9% e 7% nas lojas físicas, respectivamente.
Além dos bancos, a gestora Alaska Asset Management voltou a investir na companhia após praticamente zerar suas posições em MGLU3 nos últimos três anos. No último dia 29, o Magalu informou que foram adquiridas 5,14% das ações ordinárias da companhia, equivalente a 38.004.888 papéis.
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Uma fonte ligada diretamente à companhia afirmou ao E-Investidor que o aumento da posição da Alaska foi bem recebido nos corredores da varejista. Internamente, a volta da gestora foi vista como um aval ao trabalho de reestruturação feito pela varejista nos últimos anos e como um novo voto de confiança publicamente expresso por um investidor de relevância no mercado, capaz de influenciar positivamente o interesse de outros investidores.