O Santander (SANB11) reiterou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Marfrig (MRFG3) e manteve o preço-alvo de R$ 15,70, mas reduziu a projeção do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de 2024 em 13%, de R$ 3,9 bilhões para R$ 3,4 bilhões. A revisão se dá pelas chuvas acima do esperado no início da temporada de churrasco nos Estados Unidos, o que pode levar a margens menores no segundo trimestre deste ano.
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Apesar disso, o Santander manteve a perspectiva positiva para a Marfrig, apoiada pelo histórico sólido nos Estados Unidos e o aumento das vendas de alimentos processados.
O relatório ressaltou a robustez da divisão National Beef da Marfrig nos EUA, que tem superado o mercado de carne bovina em geral, especialmente em momentos de dificuldades econômicas. Desde a última crise em 2015, a participação de carne premium no mercado cresceu de 4% para quase 10%, com a National Beef tendo papel crucial nesse nicho. “Esperamos que esta tendência continue”, disse o Santander.
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A Marfrig está ampliando sua capacidade de abate e desossa na América do Sul, de 8 mil para 11 mil cabeças por dia até o fim de 2025, destacou o Santander. Essa expansão deve compensar a perda de Ebitda decorrente da venda de ativos para a Minerva (BEEF3). “Com uma exposição de 34% a alimentos processados e maior consolidação industrial, a Marfrig espera replicar sua estratégia de sucesso nos EUA no Brasil”, afirmaram os analistas.