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Ibovespa hoje: índice perde os 119 mil pontos com juros nos EUA e fiscal no Brasil

Às 11h08, o Ibovespa caía 0,72%, aos 118.805,40 pontos

Ibovespa hoje: índice perde os 119 mil pontos com juros nos EUA e fiscal no Brasil
Painel do Ibovespa. (Fonte: Adobe Stock)

A cautela em relação ao aumento das incertezas fiscais no Brasil, o recuo dos índices de ações norte-americanos e o declínio do minério de ferro jogam o Ibovespa para baixo. Desta forma, o principal indicador já cai para a marca dos 118 mil pontos, depois de abrir aos 119.663,06 pontos, com variação zero, em semana de decisão de juros pelo Banco Central brasileiro. 

“Enquanto persistirem as pressões políticas e a dicotomia dentro do governo, a chance de recuperação é muito fraca”, estima em comentário o economista Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil. Por isso, fica no foco o encontro do presidente Lula com Fernando Haddad (Fazenda) e os ministros que compõem a Junta de Execução Orçamentária. 

Espera-se que seja anunciada alguma revisão de gastos, em meio ao aumento das dúvidas no mercado quanto ao cumprimento fiscal. Além da reunião de Lula com Haddad e outros ministros nesta segunda-feira (17), o mercado ainda espera a apresentação pelo Senado de medidas de compensação à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos de empresas e municípios. 

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“Tem muita coisa para acontecer nesta semana”, pontua Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. Do ponto de vista macroeconômico, diz que as preocupações fiscais cresceram e ganharam mais repercussão, em meio a sinais de pouca perspectiva de execução do arcabouço fiscal. Na visão de Spiess, o governo se vê numa encruzilhada. “Ou corta gastos, ou caminha para um governo nos moldes de Dilma 2, com pressão política e ficando refém do Congresso, um governo fraco”, completa.

Neste cenário de preocupações, nesta segunda-feira (17) o boletim Focus trouxe nova rodada para cima nas projeções de inflação, Selic e dólar, na semana de decisão do Copom. A expectativa majoritária é de manutenção da Selic em 10,50% ao ano na quarta e uma decisão unânime do colegiado. 

“Mais importante do que a decisão em si, será se será unanimidade e como virão dos discursos do Banco Central (BC), depois de todo o ruído em torno do último Copom”, avalia o analista da Empiricus, completando que qualquer anúncio de corte de gastos pelo governo pode estimular uma nível “mais saudável” aos ativos brasileiros, em linha com o exterior. 

Nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (17) saíram novos indicadores de atividade que reforçaram que a economia do país ainda está aquecida, o que pode atrasar mais as expectativas de corte dos juros. Assim, os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa) ganharam força após a divulgação do índice Empire State. 

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Nem mesmo a alta do petróleo é capaz de animar o Ibovespa, tampouco as ações da Petrobras. As ações ficam no foco depois que a presidente da empresa, Magda Chambriard, indicou três nomes para compor a diretoria executiva. Além disso, o investidor digere a decisão da Justiça Federal do Amazonas, que suspendeu a homologação de quatro blocos exploratórios de petróleo na Bacia Sedimentar do Amazonas e da Área de Acumulação Marginal do Campo de Japiim. 

Na sexta-feira (14), o Índice Bovespa subiu 0,08%, mas fechou no nível dos 119 mil pontos (119.662,38 pontos). Ainda assim, amargou a quarta queda semanal consecutiva, em meio a crescentes temores fiscais e de isolamento do ministro Fernando Haddad no governo. 

Às 11h08, o Ibovespa caía 0,72%, aos 118.805,40 pontos, na mínima, após máxima aos 119.663,06 pontos, com variação zero. As principais ações ligadas a commodities operavam com recuo considerável: Petrobras (PETR4) perdia 0,96% e (PETR3) caía 0,52%. Vale (VALE3) cedia 0,86%, após dados fracos da atividade chinesa e em meio ao declínio de 1,63% do minério em Dalian. “Em geral, os dados apontam para um enfraquecimento da atividade econômica no segundo trimestre comparativamente ao início do ano”, avalia o Bradesco em relatório. 

Agora, fica a expectativa da decisão, na quarta à noite, sobre a principal taxa de juros da China, de um a 5 anos. Já os papéis de alguns bancos subiam, em meio a expectativas de anúncio de corte de gastos pelo governo. 

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Itaú Unibanco tinha a maior elevação, de 1,19%, após o Morgan Stanley eleva a recomendação das ações do banco negociadas na Bolsa de Nova York de equal-weight (equivalente a neutra) para overweight (equivalente a compra).