A cidade de São Paulo é uma das mais caras do mundo para os “ricaços” em 2024. É o que indica a pesquisa “Riqueza Mundial e Estilo de Vida”, do banco suíço Julius Baer. O levantamento anual analisa o custo de uma cesta de bens e serviços representativa de “viver bem”, pelos indivíduos com alto patrimônio líquido, em 25 cidades ao redor do mundo.
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Segundo o banco, o cenário global em que o estudo está sendo publicado é complexo, pois o impacto da pandemia de Covid-19 estabeleceu uma “nova normalidade”. Inflação, aumento do custo de vida e o elevação das tensões geopolíticas continuam a ter impacto nos preços e nas prioridades a nível mundial.
“Embora as cidades continuem a ficar mais caras, assistimos a uma normalização das taxas de inflação nos últimos 12 meses”, escreve a instituição, em nota. Em 2024, os aumentos de preços desaceleraram para 4%, em média, em dólares americanos, em comparação com 6% em 2023. Os preços este ano cresceram mais rapidamente para bens do que para serviços, com bens subindo 5% em média e serviços subindo 4%, ambos analisados em dólar americano.
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No Top 10 do ranking, apenas Nova York e São Paulo representam o continente americano, na oitava e nona posição, respectivamente. Miami, nos EUA, e Cidade do México também aparecem no ranking global, ocupando 15º e 16º lugares. Esta última saltou cinco posições devido à força da moeda local.
Além disso, em relação a jantares finos, os preços mais baixos em São Paulo, Miami, Cidade do México, Vancouver e Santiago do Chile significam que as Américas são 33% mais baratas que o média global, tornando-a a região mais barata para essas ocasiões, em termos de dólares. Os imóveis também são mais baratos no continente do que em qualquer outro lugar na classificação geral.
No entanto, isto poderá mudar no próximo ano. “Os analistas cambiais preveem que o real brasileiro deverá se fortalecer durante o resto de 2024, enquanto o peso mexicano mantém a sua recuperação a longo prazo em relação ao dólar. Isto poderia impactar as saídas de exportação e fazer com que os preços subissem”, afirma o estudo.
Christian Gattiker, chefe de Pesquisa da Julius Baer, comentou ainda, em nota, que o relatório deste ano mostra que as moedas são muito importantes. “Por mais trivial que pareça, tendemos a esquecer que os custos de vida parecem completamente diferentes aos olhos de um estranho – especialmente se essa pessoa pensa em dólares americanos ou francos suíços em vez da moeda local. A moeda e o contexto são importantes”, destaca. Confira abaixo as 10 cidades globais mais caras para os “ricaços”:
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