- No debate, os candidatos trocaram farpas e defenderam suas posições sobre temas como imigração, economia e política externa
- Pesquisas indicam que uma parcela significativa do eleitorado duvida da capacidade cognitiva de Biden para continuar no cargo
- O debate foi o primeiro de dois políticos proeminentes do país: um que exerce a presidência; outro, que já a exerceu
A semana passada foi palco de um intenso debate presidencial entre Joe Biden e Donald Trump, marcando um ponto crítico nas eleições de 2024 nos Estados Unidos. Este foi o primeiro debate de dois políticos proeminentes do país: um que exerce a presidência; outro, que já a exerceu. Biden e Trump trocaram farpas e defenderam suas posições sobre temas cruciais como imigração, economia e política externa.
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Trump, mantendo seu estilo combativo, acusou Biden de falhar na segurança da fronteira, alegando que os EUA se tornaram “o lugar mais perigoso do mundo” devido ao aumento da imigração ilegal. Biden, por sua vez, rebateu, afirmando que o número de imigrantes ilegais caiu 40% desde que ele endureceu as restrições de entrada no país.
No campo da política externa, Trump prometeu resolver a guerra entre Rússia e Ucrânia antes de assumir o cargo, sem dar detalhes de como faria isso; enquanto Biden classificou Putin como um “criminoso de guerra” e questionou a capacidade de Trump em lidar com assuntos internacionais complexos.
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O desempenho de Biden no debate, contudo, deixou muitos eleitores preocupados. Pesquisas indicam que uma parcela significativa do eleitorado, incluindo membros do próprio Partido Democrata, duvida da capacidade cognitiva de Biden para continuar no cargo. Isso se refletiu nas pesquisas pós-debate, nas quais Trump emergiu como o vencedor para mais de 50% dos entrevistados.
As estatísticas são preocupantes para Biden: 74% dos eleitores acham que ele está muito velho para servir como presidente, e 54% acreditam que sua performance está piorando. Após o debate, foi apurado que 66% dos eleitores têm dúvidas sobre a aptidão mental de Biden.
Essa situação gerou especulações sobre a possibilidade de substituição de Biden na chapa democrata, com nomes como Kamala Harris, Gavin Newsom e Gretchen Whitmer sendo mencionados. No entanto, todos os possíveis substitutos reafirmaram seu apoio a Biden, o que torna improvável uma mudança tão drástica a essa altura do campeonato.
O impacto do debate se refletiu nas pesquisas de opinião. Enquanto Trump viu um aumento na sua popularidade, Biden enfrentou uma queda significativa, com muitos eleitores expressando descontentamento com sua atuação. Isso pode ser um prenúncio de uma corrida eleitoral extremamente acirrada, com estados-chave como Michigan, Arizona e Pennsylvania tornados cruciais para determinar o vencedor.
Swing States Cruciais
- Geórgia: Este estado se tornou um swing state após a vitória de Biden em 2020, impulsionada pela significativa participação dos eleitores negros. A Geórgia será observada de perto em 2024 para ver se Biden consegue repetir ali o seu desempenho.
- Michigan: Historicamente um estado azul confiável, Michigan se tornou um campo de batalha depois que Trump venceu por uma margem estreita em 2016. Biden recuperou o estado em 2020, mas críticas à sua administração, especialmente em relação à guerra Israel-Hamas, podem complicar sua reeleição.
- Arizona: Trump venceu o Arizona em 2016, mas perdeu por uma margem estreita para Biden em 2020. Mudanças demográficas e questões polarizadoras como imigração e aborto são tópicos importantes no estado.
- Nevada: Apesar de ter o menor número de votos eleitorais entre os swing states, Nevada foi crucial para a vitória de Biden em 2020, marcando a quarta vitória consecutiva para os democratas no estado.
- Carolina do Norte: Embora tenda a ser republicano, a Carolina do Norte ainda é considerada um swing state. Trump venceu por uma margem de 1,3 pontos percentuais em 2020, mas Biden fez uma visita ao estado como sua última parada em uma turnê pelos swing states após o discurso sobre o Estado da União.
- Pensilvânia: Essencial para a vitória de Biden em 2020, a Pensilvânia, em 2016, deu mais votos a Trump . Com 19 votos eleitorais, é o estado com maior peso entre os swing states.
- Wisconsin: Considerado um estado confiavelmente democrata até a vitória de Trump em 2016, foi recuperado por Biden em 2020. Ambos os candidatos têm planos de visitar o estado em abril para consolidar apoio.
As próximas semanas serão decisivas, com mais debates nos Estados Unidos e eventos de campanha previstos, e a performance dos candidatos nesses momentos pode ser determinante para conquistar os eleitores indecisos. Trump, apesar de seus desafios legais, conseguiu manter uma base de apoio sólida e entusiasmada, enquanto Biden luta para recuperar a confiança de seus eleitores e superar as dúvidas sobre sua viabilidade como candidato.
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Em resumo, o debate da semana passada colocou Trump em uma posição de favoritismo, mas a corrida está longe de ser decidida. A volatilidade do cenário político americano continua, prometendo uma eleição intensa e imprevisível em novembro.