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Itaú BBA rebaixa BTG (BPAC11) e Banco do Brasil (BBAS3) e escolhe novos favoritos

Cenário macro e microeconômico fez BTG e Banco do Brasil perderam o favoritismo do setor bancário, diz o BBA

Itaú BBA rebaixa BTG (BPAC11) e Banco do Brasil (BBAS3) e escolhe novos favoritos
Bancos. (Foto: Adobe Stock)
  • A carteira mais ampla do setor financeiro do BBA está mais voltada para os bancos “tradicionais” e menos para os mercados de capitais
  • BTG Pactual (BPAC11) e do Banco do Brasil (BBAS3), que tinham recomendações de compra, agora passam para neutro
  • Santander (SANB11) e Banrisul (BRSR6) foram incluídos entre os bancos favoritos do BBA

O cenário macro e microeconômico do Brasil fez o Itaú BBA revisar as suas preferências para o setor bancário. Em relatório publicado nesta segunda-feira (8), os analistas do banco anunciaram o rebaixamento do BTG Pactual (BPAC11) e do Banco do Brasil (BBAS3), que tinham recomendações de compra e agora passam para neutro. Por outro lado, os bancos Santander (SANB11) e Banrisul (BRSR6) foram incluídos entre os bancos favoritos do BBA.

Em relação aos rebaixamentos, o BTG Pactual, na avaliação dos analistas, tem sido afetado pelas dificuldades macroeconômicas e de crédito corporativo, dois fatores que estariam afetando as suas projeções e múltiplo financeiro (relação entre o preço da ação e variáveis operacionais, como dividendos, lucros e geração de caixa). “A curva de taxas de juros mais elevadas e a incerteza do Brasil deverão impactar mais diretamente os mercados de capitais e a atividade de investimento — mais do que o crédito ao consumidor.”

Os analistas do Itaú BBA observam ainda que o BTG possui uma cobertura de provisão mínima para crédito corporativo e tem pelo menos R$ 500 milhões de exposição líquida nas Americanas (AMER3), que pode pesar em resultados futuros. Além de rebaixar as ações d0 BTG de compra para neutro, o preço-alvo das unitis BPAC11 foi cortado de R$ 43 para R$ 34. Além disso, a preferência de bancos focados em mercado de capitais agora está na B3 (B3AS3).

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No entanto, ainda de acordo com o documento, a carteira mais ampla do setor financeiro do BBA está mais voltada para os bancos “tradicionais” e menos para os mercados de capitais. Olhando para esse lado, depois de 2 anos na dianteira das recomendações, o Banco do Brasil também foi rebaixado de compra para neutro. Além disso, o preço-alvo dos papéis caiu de R$ 32 para R$ 31.

Segundo os analistas, considerando o atual cenário em que a taxa Selic permanece em patamares elevados, a diferença entre o preço da compra e o da venda de uma transação (spreads de crédito) vai ficar limitada e a margem financeira do setor estará mais competitiva. “Prevemos que o BB experimentará uma desaceleração significativa nos lucros até 2025, com um crescimento modesto de 4% no lucro por ação”, alertam.

BBA atualiza ações favoritas do setor bancário

No relatório assinado pelos analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barraranjard, a atualização de ações favoritas para o setor bancário ficou da seguinte forma: agora são Santander Brasil, Banrisul e Nubank (ROXO34) como as escolhas para bancos; para o mercado de capitais, agora a recomendação é pela B3.

Santander (SANB11)

O Santander foi escolhido como o favorito entre os bancões e as suas ações tiveram recomendação elevada de neutro para compra. Já o preço-alvo das units foi elevado de R$ 27 para R$ 33.

A atualização ocorre diante do otimismo dos analistas com a área de crédito ao consumidor e avanços internos que devem impulsionar o crescimento dos lucros. Eles destacam que a instituição apresentou no primeiro trimestre deste ano ganhos de participação de mercado em áreas-chave: como cartões de crédito, folha de pagamento, veículos e pequena e média empresa (PME). “O Santander vem limpando suas linhas de crédito desde 2022 em termos de provisões e clientela, ficando mais preparado para acelerar esse ciclo.”

Banrisul (BRSR6)

Outra novidade entre os favoritos do BBA é o Banrisul, cujas ações caíram 0,4 vezes o preço/valor patrimonial devido a sua exposição comercial de aproximadamente 85% ao estado do Rio Grande do Sul. “Acreditamos que as preocupações tanto do lado do ativo
como do passivo são exageradas”, dizem os analistas.

Entre os pontos que devem ajudar a instituição está o fato de que as atividades no Estado retornaram rapidamente, enquanto medidas de alívio de crédito provavelmente devem diluir ou compensar o risco potencial para as empresas. “Os próximos resultados devem aliviar as preocupações e desencadear uma reavaliação, pelo menos de volta a 0,6 vez P/VPA (Valor Patrimonial por ação), em linha com seus níveis de ROE (retorno sobre o patrimônio) de 10% a 12%.”

Além de elevar a recomendação das ações do Banrisul para compra, o preço-alvo dos papéis subiu de R$ 16 para R$ 17.

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