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- Analistas do Goldman Sachs estiveram nos Estados Unidos para descobrir quais são as perspectivas dos investidores em relação às instituições de serviços financeiros na América Latina
- 3 bancos brasileiros fossem apontados como as principais escolhas dos investidores: Nu (ROXO34), Itaú (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11)
- Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) foram citados, mas sem o entusiasmo dos investidores
Na última semana, o time de analistas do Goldman Sachs esteve nos Estados Unidos para descobrir quais são as perspectivas dos investidores em relação às instituições de serviços financeiros na América Latina — com destaque para o Brasil. Embora os americanos tenham mostrado um “entusiasmo limitado”, visto a permanência dos juros elevados por aqui, 3 bancos brasileiros estão na mira dos americanos.
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“O feedback dos investidores foi misto, com aparentemente poucas oportunidades de investimento neste momento”, escreve Tito Labarta e a equipe de analistas, em relatório publicado nesta segunda-feira (10). Isso, porém, não impediu que os nomes dos seguintes bancos brasileiros fossem apontados como as principais escolhas dos investidores: Nu (ROXO34), Itaú (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11).
Segundo os analistas, o Itaú continua a ser bem-aceito entre os americanos, devido à lucratividade resiliente e sólida base de capital. “Além da forte execução que permitiu ao banco ser menos afetado do que seus pares [no atual ambiente macroeconômico]”, diz o relatório. Ainda assim, o Goldman alerta que alguns investidores questionam se essa vantagem vai permanecer, caso o ciclo de crédito/ambiente macro não melhore significativamente nos próximos meses.
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Por outro lado, o Nubank desponta como o nome mais discutido da região, com os investidores de tecnologia confortáveis com a operação e perspectivas de crescimento a longo prazo da fintech. “Sentimos que os investidores tradicionais da América Latina estão cada vez mais positivos em relação às suas ações, com menos resistência ao valuation. Na verdade, muitos mencionaram a possibilidade de aumentar suas posições ou estão analisando essa possibilidade”, afirmam.
Já o terceiro banco brasileiro que está na mira é o BTG, que os analistas dizem ser “cada vez mais propriedade de investidores norte-americanos”. Segundo eles, isso acontece devido à forte execução e expansão do retorno sobre patrimônio (ROE) da instituição. Inclusive, os analistas acreditam que esse indicador pode se tornar um catalisador positivo para reavaliar as ações para cima. “Especialmente num ambiente de taxas mais elevadas.”
Sem empolgação com Banco do Brasil e Bradesco
Outros dois grandes brasileiros foram citados no relatório do Goldman Sachs, mas sem o entusiasmo dos investidores. O Banco do Brasil (BBAS3) surge como uma alternativa dado seu rendimento de dividendos (DY, na sigla em inglês) maior que do Itaú e valuation descontada. “No entanto, a sua propriedade governamental e potencial influência continuam sendo uma barreira para alguns investidores”, explicam.
Em seguida está o Bradesco (BBDC4), que vem apresentando um interesse limitado por parte dos investidores americanos. Isso porque muitos questionam se ele será capaz de melhorar a sua lucratividade estrutural. “Os investidores estão preferindo esperar para ver se o Bradesco conseguirá recuperar a sua participação de mercado”, dizem.