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Suzano (SUZB3): investimento em fábricas nos EUA é um bom negócio? Corretoras avaliam

Analistas comentam a entrada da empresa no mercado americano de papel-cartão após o negócio

Suzano (SUZB3): investimento em fábricas nos EUA é um bom negócio? Corretoras avaliam
Suzano (SUZB3). (Foto: Divulgação/Suzano Papel e Celulose)

Suzano (SUZB3) anunciou, na sexta-feira (12), que assinou um acordo com a Pactiv Evergreen para a compra dos ativos que compõem as plantas integradas de fabricação de papel-cartão revestido e não revestido. O preço de aquisição pela Suzano é de US$ 110 milhões, que serão pagos em dinheiro à vista no fechamento da operação segundo a companhia. Saiba mais detalhes aqui.

O Citi avalia que a nova aquisição da companhia de celulose pode significar uma volta da estratégia para uma diversificação de menor/médio porte em downstream (abastecimento) e diferentes geografias, o que é visto pelo banco como “menos arriscado” e pode ser “bem-vindo pelos investidores”.

O analista Stefan Weskott afirma, em relatório enviado a clientes, que a transação é “facilmente gerenciável” no balanço patrimonial da Suzano, correspondendo a cerca de 1% do valor de mercado da companhia, e marca sua entrada no mercado norte-americano de papel cartão.

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“A capacidade integrada total [dos ativos da Pactiv] está em 420 mil toneladas por ano (ktpa) dedicada a embalagens líquidas e papel para copos, e posicionará a Suzano como líder do segmento com cerca de 23% de participação nos EUA”, acrescenta Weskott.

O Citi reitera recomendação de compra para Suzano, com preço-alvo de R$ 70, o que corresponde a um potencial de valorização de 33,8% sobre o fechamento de sexta-feira (12).

Enquanto isso, o BTG Pactual informou, em relatório divulgado nesta segunda-feira (15), que as pequenas aquisições recentes da Suzano devem aliviar a preocupação de investidores com relação ao processo de alocação de capital da empresa, após o episódio envolvendo a tentativa de compra da International Paper.

Para os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, do BTG, a alavancagem da Suzano, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), deverá reduzir de 3 vezes para 2,2 vezes até o final de 2025.

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O BTG avaliou que o movimento para a aquisição de ativos da Pactiv Evergreen está alinhado com a estratégia de reduzir a volatilidade do fluxo de ganhos, diversificando seu mercado de atuação e reduzindo a dependência da empresa sobre o mercado chinês, fato que tem sido defendido pela administração da produtora de celulose nos últimos anos.

Para o BTG, o negócio proporciona à Suzano uma forte entrada no mercado americano de papel-cartão. As fábricas possuem níveis baixos de custo e estão estrategicamente localizadas em regiões com disponibilidade favorável de madeira, tendo capacidade para produzir até 420 mil toneladas ao ano.

O BTG acrescenta que a Suzano deverá continuar recomprando as ações de forma agressiva considerando os atuais níveis deprimidos. O banco considera os papéis da produtora de celulose como “profundamente subvalorizado”. Com isso, a casa mantém recomendação de compra, com preço-alvo em R$ 82,00, o que representa uma valorização potencial de 56,8% sobre o fechamento da última sexta-feira (12).

*Com informações do Broadcast

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