A Receita Federal paga no final de julho o terceiro lote de restituição do Imposto de Renda. Nos meses de maio e junho foram repassados aos contribuintes valores referentes aos dois primeiros lotes. Com o dinheiro extra entrando na conta, muitos podem se perguntar o que fazer com ele.
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Quitar dívidas, investir, guardar para uma viagem nas férias, fazer um fundo emergencial. São muitas as possibilidades do que fazer com o valor devolvido pela Receita Federal. Mas entender as prioridades sempre ajuda a responder essa dúvida. O mais importante é não tomar decisões por impulso e se planejar.
Se o contribuinte já possui dívidas em atraso, boletos em aberto, débitos com cartão de crédito e não consegue organizar suas finanças, o valor da restituição do Imposto de Renda pode cair como uma luva. Em especial para quem vê os juros crescerem, dia após dia, como uma bola de neve. Antes que se tornem impagáveis e gerem transtornos maiores ao devedor, é importante sanar o saldo devedor
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Nas situações em que o cidadão possui dívidas sob controle (como financiamentos), vale a pena considerar a antecipação das parcelas. Ainda assim, se há organização financeira, outras alternativas podem ser mais vantajosas, como a criação de um fundo de emergência a partir da quantia devolvida pelo Fisco.
Essas reservas podem ser muito úteis em casos de doenças graves, demissão e outros imprevistos — evitando maiores endividamentos. Via de regra, esses fundos emergenciais devem somar quantias capazes de cobrir os custos de vida daquela pessoa (ou família) ao longo de seis a 12 meses, segundo especialistas. Ainda que a restituição do Imposto de Renda não cubra a integralidade, ela pode contribuir com uma parcela expressiva.
Considerando a necessidade de pagar por itens de necessidade básica rotineiros, alguns títulos de renda fixa com liquidez diária podem ser boas alternativas para a construção dessa reserva. O importante é ter o dinheiro à mão sempre que preciso.
Restituição do IR para reduzir juros
Se o contribuinte já dispuser de um fundo de emergência satisfatório, a antecipação de parcelas de um financiamento (ou até mesmo a quitação integral) pode ser uma vantagem. Isso porque a cobrança de juros menor e a redução da dívida no futuro tendem a aliviar as contas.
Nos casos em que o contribuinte esteja com a vida financeira organizada, sem dívidas, vale a pena procurar um profissional capacitado da área de finanças que indique opções de investimentos para fazer o valor da restituição do Imposto de Renda render. Com uma análise de perfil e um levantamento dos objetivos pessoais, é possível escolher o melhor produto, evitando riscos e prejuízos desnecessários.
Confira o calendário da restituição do Imposto de Renda 2024
- 1° lote: 31 de maio;
- 2° lote: 28 de junho;
- 3° lote: 31 de julho;
- 4° lote: 30 de agosto;
- 5° lote: 30 de setembro.
Além disso, é importante lembrar que a Receita possui esta ordem de preferência para pagar as restituições:
- 1°: idosos acima de 80 anos;
- 2°: idosos acima de 60 anos, com deficiência ou moléstia grave;
- 3°: contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
- 4°: contribuintes que fizeram a declaração pré-preenchida ou indicaram Pix para restituição;
- 5°: demais pessoas.
Segundo o documento divulgado pelo órgão, a consulta da restituição do Imposto de Renda 2024 pode ser feita nos aplicativos: “Meu Imposto de Renda” ou “Receita Federal” e também na página oficial da Receita.