Entre os diversos produtos disponíveis no mercado de ativos financeiros, os títulos de renda fixa são os preferidos de muitos investidores: CDBs, LCIs, LCAs, assim por diante. No entanto, não é difícil encontrar ofertas de fundos de renda fixa. Nessas horas, a dúvida pode surgir: são a mesma coisa?
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O título de renda fixa é um papel emitido por uma instituição, pública ou privada. Na prática, funciona como um empréstimo: o investidor deixa seu dinheiro sob a tutela de um banco, corretora ou empresa, em troca de remuneração a juros no futuro. É dessa forma que instituições financiam suas atividades.
No entanto, um fundo de renda fixa funciona como uma carteira. Ele traz em si diversos ativos dessa natureza: pode misturar títulos públicos e privados, CDBs, LCIs, etc. O investidor adquire uma cota desse fundo e é remunerado de forma proporcional à parte que lhe cabe. Na prática, se assemelha à compra de ações de uma empresa.
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Ao adquirir uma cota de um fundo de renda fixa, o investidor aceita se expor às variações do mercado de renda fixa. Em períodos de taxa de juros Selic elevada, estar exposto aos retornos desses títulos costuma ser uma saída para muitos investidores. Hoje, a referência dos juros no País está em 10,5% ao ano, sem previsão para novos cortes.
Mas vale destacar que fundos de renda fixa podem apresentar uma parcela (ainda que pequena) de outros ativos, como derivativos (contratos cujo valor deriva de outro ativo subjacente). De modo que muitos que buscam essa classe de produtos está em busca de maior diversificação.
Além disso, os fundos de renda fixa podem ser simples, de curto ou longo prazo, exposto a crédito privado ou a um determinado índice, como os que medem a inflação. Essas características impactam diretamente nas variações e nos ganhos (ou perdas) no futuro. Também influenciam em maiores ou menores flutuações no tempo.
Os fundos devem ser administrados por um gestor, e este é o único que pode alterar a composição dos papéis presentes nessa carteira de investimentos. É fundamental que o investidor conheça a política do fundo antes de comprar cotas, para não ser surpreendido por eventuais modificações.
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Vale lembrar que esses ativos estão sujeitos à tributação do Imposto de Renda (IR), de forma regressiva, e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), quando o resgate se dá dentro dos primeiros 30 dias. Para garantir mais rentabilidade, aplicações mais longas tendem a ser melhores opções.
Antes de comprar qualquer produto, a consulta a um especialista em finanças é sempre recomendada. Desse modo, não só as necessidades do cliente são identificadas, como o perfil do investidor também será levado em consideração na hora de escolher a renda fixa que melhor se adequa a ele.