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Prio (PRIO3): XP reduz preço-alvo, mas destaca dividendos e recomenda compra

Analistas acreditam que a ação da petroleira pode subir 43%; confira o que diz o relatório

Prio (PRIO3): XP reduz preço-alvo, mas destaca dividendos e recomenda compra
PRIO3 (Foto: Envato)

A XP Investimentos reduziu o preço-alvo das ações da Prio (PRIO3) de R$ 67,20 para R$ 64 até o fim de 2024. Isso representa um potencial de alta de 43,2% em relação ao fechamento de segunda-feira (22), quando a ação encerrou o pregão a R$ 44,69. Os analistas da corretora mantiveram a recomendação de compra para o papel após afirmarem que o ativo oferece um bom retorno.

A redução do preço-alvo pelos analistas ocorre devido aos atrasos na produção causados pela greve do Instituto Brasileiro Meio Ambiente Recursos Renováveis (Ibama), que afetou amplamente as operações da Prio. A paralisação dos funcionários impactou a empresa em diversas frentes. No curto prazo, a petroleira tem três poços que necessitam de intervenções pesadas, mas dependem da autorização do Ibama.

A equipe da corretora também explica que a produção de julho provavelmente sofrerá um impacto significativo devido à parada programada para manutenção do campo Albacora Leste (ABL). As greves continuam atrasando o aumento de produção do campo Wahoo e o desenvolvimento subsequente do Albacora Leste.

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“As últimas atualizações que recebemos da equipe política da XP indicam um aumento no empenho do governo em negociar com o Ibama, o que consideramos positivo. Na nossa opinião, o licenciamento ambiental continuará a influenciar a curva de produção da Prio até que haja uma resolução para as demandas trabalhistas do Ibama”, afirmam Regis Cardoso e Helena Kelm, signatários do relatório da XP.

Quanto a Prio pode distribuir de dividendos?

Apesar dos desafios de curto prazo, os analistas comentam que a ação continua oferecendo aos investidores uma boa oportunidade de retorno enquanto aguardam a decisão do Ibama. Os especialistas mencionam que, nos níveis atuais de produção (por exemplo, 88 mil barris de petróleo por dia em junho), a Prio pode gerar um Fluxo de Caixa Livre para os Acionistas (FCFE) de cerca de 12%.

“Naturalmente, o maior retorno virá quando a produção de Wahoo finalmente aumentar. Em nossas projeções, quando a produção da Prio atingir 123 mil barris de petróleo por dia (potencialmente no segundo semestre de 2025), o yield (rendimento) anualizado do FCFE pode aumentar para aproximadamente 24% ao ano, o que tende a aumentar a distribuição de dividendos”, destacam os especialistas.

Eles também observam que a empresa adicionou dois novos poços ao Albacora Leste, o que pode elevar a produção do campo para 30 mil barris de petróleo por dia, um aumento de 2 mil barris em relação à média de junho. Outro ponto destacado pelos analistas é que a empresa está atualmente perfurando dois novos poços em Polvo. Esses desenvolvimentos ajudarão provavelmente a compensar o declínio natural da produção.

Além disso, espera-se que o Ibama aprove os poços que necessitam de intervenções pesadas e, eventualmente, autorize Wahoo. Os especialistas projetam que este campo terá uma produção de 40 mil barris de petróleo por dia no segundo semestre de 2025, o que será extremamente positivo para a empresa. Além das discussões sobre a curva de produção, a XP identifica oportunidades adicionais de criação de valor por meio de fusões e aquisições, dada a história da Prio.

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Diante de todas essas expectativas, a XP espera que o lucro da PRIO aumente 47%, passando de R$ 177 milhões no segundo trimestre de 2023 para R$ 260 milhões no segundo trimestre de 2024. A corretora também prevê que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresça de R$ 333 milhões no segundo trimestre de 2023 para R$ 518 milhões no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de 55%.

“Apesar das dificuldades decorrentes das questões com o Ibama, a Prio (PRIO3) continua sendo uma das nossas principais escolhas no setor, ao lado da Petrobras (PETR3; PETR4). A empresa oferece uma excelente oportunidade de retorno”, concluem Regis Cardoso e Helena Kelm.