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Ibovespa hoje: índice fecha no menor nível desde 3 de julho com IPCA-15 e PIB dos EUA

Indicadores acima do esperado pressionaram o mercado, que aguarda agora a divulgação do PCE de junho

Ibovespa hoje: índice fecha no menor nível desde 3 de julho com IPCA-15 e PIB dos EUA
O Ibovespa é o principal índice da B3. Foto: Adobe Stock
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  • O Ibovespa hoje encerrou em queda de 0,37%, aos 125.954,09 pontos, em dia de agenda cheia de dados no Brasil e nos Estados Unidos
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram LWSA (LWSA3), Lojas Renner (LREN3) e Usiminas (USIM5)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Vamos (VAMO3), Carrefour (CRFB3) e Petrorecôncavo (RECV3)

O Ibovespa hoje terminou o pregão em queda de 0,37%, aos 125.954,09 pontos – o menor nível desde 3 de julho, então a 125,6 mil pontos. Nesta quinta-feira (25), dia marcado por agenda cheia de dados no Brasil e nos Estados Unidos, a principal referência da B3 oscilou entre máxima a 126.422,73 pontos e mínima a 125.626,28 pontos, com volume negociado de R$ 17,5 bilhões.

Pela manhã, o mercado repercutiu a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). O indicador, considerado a prévia da inflação oficial brasileira, ficou em 0,30% em julho, 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,39%). Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta neste mês. A maior variação e o maior impacto positivo vieram do segmento de Transportes, seguido pelo de Habitação.

Na visão da Guide Investimentos, o resultado, além de vir maior do que as projeções de mercado, trouxe sinais piores quanto à sua composição. “Entendemos que o dado de hoje acrescenta motivos para o Comitê de Política Monetária (Copom) sustentar um ‘pulso firme’ na condução da política monetária, principalmente em um ambiente caracterizado por uma forte pressão sobre o câmbio”, ressalta a casa em relatório.

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Com o IPCA-15 acima do esperado, os juros futuros cumpriram trajetória de alta nesta quinta-feira, pela terceira sessão consecutiva, o que penalizou ações de varejistas mais sensíveis à economia doméstica, como Grupo Soma (SOMA3) e Arezzo (ARZZ3), que amargaram perdas de 2,25% e 2,51%, respectivamente.

Papel de maior peso para o Ibovespa, a Vale (VALE3) terminou o dia em baixa de 0,05% a R$ 60,57. Investidores aguardam o balanço do segundo trimestre da mineradora, a ser divulgado após o fechamento do mercado. Nesta reportagem, analistas indicam o que esperar dos números. A visão predominante é a de que ainda existem incertezas no mercado devido aos baixos preços do minério de ferro, influenciados pela demanda chinesa.

Em Nova York, as Bolsas encerraram mistas nesta quinta-feira. Dow Jones subiu 0,20%, enquanto Nasdaq e S&P 500 tiveram perdas de 0,93% e 0,51%, respectivamente. Investidores reagiram ao Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que cresceu ao ritmo anualizado de 2,8% no segundo trimestre de 2024, segundo cálculo inicial apresentado pelo Departamento de Comércio do país. O resultado superou o teto das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de altas de 1% a 2,5%.

“Uma economia robusta, com esse ritmo de crescimento, pode dificultar os próximos passos do Federal Reserve (Fed) rumo ao corte de juros, mesmo com dados recentes indicando alívio inflacionário nos últimos meses”, destaca Paula Zogbi, gerente de conteúdo e research da Nomad.

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Nesta quinta-feira, também foi divulgado o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – métrica de inflação favorita do Federal Reserve (Fed) –, que subiu ao ritmo anualizado de 2,6% no segundo trimestre, perdendo força depois de avançar 3,4% no primeiro trimestre. Na sexta-feira (26), deve ser apresentado o PCE de junho, também de grande importância para o mercado.

Diante da agenda cheia, o dólar fechou a sessão em queda de 0,15% cotado a R$ 5,6478. A moeda americana oscilou entre a máxima de R$ 5,690 e mínima de R$ 5,619 ao longo da sessão. Na véspera, a divisa chegou a encerrar o pregão no nível mais alto em mais de vinte dias, negociada a R$ 5,659.

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram LWSA (LWSA3), Lojas Renner (LREN3) e Usiminas (USIM5).

LWSA (LWSA3): +3,01%, R$ 4,45

As ações da LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, registraram a maior alta do Ibovespa nesta quinta-feira, encerrando o dia em valorização de 3,01% a R$ 4,45. Sem notícias específicas sobre a empresa no radar dos investidores, os papéis subiram mesmo com o avanço dos juros futuros.

A LWSA3 está em alta de 9,88% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 25,96%.

Lojas Renner (LREN3): +2,41%, R$ 13,18

Outro destaque positivo foi a Lojas Renner (LREN3), cujas ações fecharam o pregão em alta de 2,41% a R$ 13,18. Durante a sessão, o mercado aproveitou papéis com preços mais atrativos para retomar a compra. “Os juros estão em alta por conta do IPCA-15 que trouxe surpresas negativas, mas o dólar em queda ajuda a capturar essa melhora de humor que leva varejistas para alta”, explicou Rafael Passos, sócio da Ajax Asset, ao Broadcast.

A LREN3 está em alta de 5,61% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 22,92%.

Usiminas (USIM5): +2,1%, R$ 8,28

Quem também se saiu bem na sessão foram as ações da Usiminas (USIM5). Os papéis da empresa terminaram o pregão em alta de 2,1% cotados a R$ 8,28, driblando a queda do minério de ferro, que encerrou em baixa de 1,55% na Bolsa chinesa de Dalian.

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A USIM5 está em alta de 4,68% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 7,8%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Vamos (VAMO3), Carrefour (CRFB3) e Petrorecôncavo (RECV3).

Vamos (VAMO3): -3,55%, R$ 8,69

As ações da Vamos (VAMO3) registraram a principal queda do Ibovespa no pregão, terminando o dia em baixa de 3,55% a R$ 8,69, em meio à expectativa pelo balanço do segundo trimestre da empresa, previsto para sair no dia 5 de agosto.

A VAMO3 está em alta de 14,8% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 13,7%.

Carrefour (CRFB3): -2,92%, R$ 9,31

Entre os principais destaques negativos, estiveram também as ações do Carrefour (CRFB3), que fecharam o dia em baixa de 2,92% a R$ 9,31. Na véspera, os papéis já haviam caído 7,25% e liderado as perdas do Ibovespa. “O mercado não gostou do aumento no desconto de recebíveis da companhia no segundo trimestre devido a vendas parceladas, o que acabou aumentando as despesas da empresa”, explica Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me Banco.

A CRFB3 está em alta de 3,22% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 25,22%.

Petrorecôncavo (RECV3): -2,82%, R$ 20,64

Outro empresa que sofreu no Ibovespa hoje foi a Petrorecôncavo (RECV3). Os papéis da companhia terminaram a sessão em baixa de 2,82% cotados a R$ 20,64. As ações não se animaram com a alta dos contratos futuros de petróleo, que se recuperaram no final da sessão em meio ao clima de risco mais benigno.

A RECV3 está em alta de 11,33% no mês. No ano, acumula uma valorização de 1,18%.

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*Com Estadão Conteúdo