Apesar da produção volátil desde o início do ano, o Santander (SANB11) prevê que as petrolíferas brasileiras terão bons resultados no segundo trimestre do ano, apoiadas por preços elevados do petróleo Brent e pela desvalorização do real ante ao dólar. PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3) são empresas que, na avaliação do banco, devem se beneficiar deste cenário, por serem mais expostas ao onshore.
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Em relatório, os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz reiteram 3R Petroleum como sua top picks no setor, continuando otimistas sobre o rendimento e a história de dividendos da empresa, enquanto a melhoria da produção e resultados sólidos devem continuar a apoiar o momentum positivo das ações.
A expectativa do banco é de que 3R Petroleum apresente um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado na casa dos R$ 850 milhões, alta de 17% no comparativo trimestral e de 303% no anual, com os resultados impulsionados pela maior participação no Papa Terra, Brent mais alto e desvalorização do real.
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“Acreditamos que a eficiência no Papa Terra, intervenções nos poços, e manutenção devem ser concluídas até o quarto trimestre do ano”, destacam, esperando por resultados sólidos impactados por preços mais altos do petróleo, desvalorização do real e aumento na produção líquida do Papa Terra (+44% na comparação trimestral). No Mid/Downstream, eles esperam resultados mais fracos devido a spreads de crack mais fracos. Previsão de Dívida Líquida/Ebitda do segundo trimestre estável em cerca de 2 vezes e um prejuízo líquido devido à marcação a mercado da dívida em dólar.
Para a PetroReconcavo, os profissional estimam Ebitda ajustado de R$ 462 milhões (31% ante o primeiro trimestre 45% na comparação anual), apoiado pela desvalorização do real e Brent mais alto. “Acreditamos que, apesar da produção estável em cerca de 26 mil boed, a retomada das atividades de workover/perfuração ajudou na recuperação da produção durante o trimestre, com produção de junho indicando um terceiro trimestre mais forte. Esperamos que a sólida geração de FCF continue permitindo uma forte distribuição, enquanto a alavancagem deve permanecer baixa”, afirmam.
Sobre a Prio, o banco vê o desempenho das ações como condicionado à retomada das atividades regulares no Ibama e as potenciais fusões e aquisições (M&A). A expectativa do banco é de que a companhia apresente um Ebitda ajustado de US$ 509 milhões no segundo trimestre, alta de 7% no comparativo trimestral e de 49% na base anual, impulsionado por aumento nas retiradas e Brent mais alto, ofuscando produção estável e custo de elevação estável.
“As operações continuam afetadas pela desaceleração dos trabalhos do Ibama, atrasando aprovações ambientais”, destacam, apontando que a produção será mais fraca no terceiro trimestre, mas com uma sólida geração de Fluxo de caixa livre para a empresa (FCF). A retomada do Ibama e a atividade potencial de M&A são catalisadores a serem monitorados, avalia o banco.
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