Treasuries caem ao menor nível desde o 1º trimestre, com Powell em foco

Por Patricia Lara, especial para o Broadcast

31/07/2024 | 17:26 Atualização: 31/07/2024 | 17:27

Os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) recuaram em toda a extensão da curva nesta quarta-feira (31), após comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, de que houve uma discussão real entre os dirigentes da autoridade monetária sobre eventual corte de juros no encontro de hoje.

As taxas da T-Note de 2 anos tocaram o menor nível desde fevereiro de 2024, enquanto as da T-Note de 10 anos marcaram o menor patamar desde março de 2024. O recuo das taxas se acentuou no fim da tarde, com a busca por ativos mais seguros, após o The New York Times revelar que o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, emitiu uma ordem para atacar Israel diretamente.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos cedia a 4,253%, de 4,360% ontem. O da T-note de 10 anos recuava a 4,050%, de 4,144% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,339%, de 4,399%.

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Em entrevista coletiva, Powell afirmou ainda que se aproxima o momento de ajuste nos juros americanos para apoiar a economia dos EUA. “Está chegando a hora de ajustar isso para que possamos apoiar esse processo contínuo”, disse em comentários após o Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) ter mantido as taxas inalteradas em encontro encerrado nesta quarta-feira.

O Commerzbank avaliou que o Fed abriu caminho para corte de juros em setembro. “Isto porque, por um lado, houve mais progressos na luta contra a inflação e, por outro, o Fed não quer ver uma nova desaceleração significativa no mercado de trabalho”, pontuou o Commerzbank em nota. O banco prevê corte de 25 pontos-base na reunião de setembro.

Os investidores ainda buscam refúgio em ativos percebidos como mais seguros, sustentando os preços dos Treasuries e derrubando as taxas, após o recrudescimento das tensões no Oriente Médio. As declarações do líder do Irã vieram após o assassinato, em Teerã, do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, de acordo com três autoridades iranianas informadas sobre a ordem, de acordo com o NYT.

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