O Inter (INBR32) encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 223 milhões, crescimento de 248% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (7).
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Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o resultado do banco teve crescimento de 14,4%. O lucro foi o maior da história para o banco digital. A carteira de crédito do Inter teve crescimento de 35% em relação ao segundo trimestre de 2023, chegando a um saldo de R$ 35,7 bilhões.
De forma gradual, o banco tem ampliado o apetite para linhas de crédito de maior risco, embora a originação de modo geral siga conservadora. Linhas como a antecipação do saque aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) (+93%) e empréstimo com garantia de imóvel (+50%) seguem puxando o crescimento. “Nós estamos tomando mais risco”, afirma o vice-presidente Financeiro e de Riscos do Inter, Santiago Stel.
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Na visão dele, produtos de financiamento ao consumo são os principais exemplos deste movimento: a carteira formada pelo financiamento de Pix e pelo crediário oferecido através do Inter Shop, o shopping online do banco, chegou a R$ 330 milhões no segundo trimestre, contra R$ 175 milhões no trimestre anterior. Ao mesmo tempo, a inadimplência da carteira do Inter ficou em 4,7%, índice estável ante o do mesmo período do ano passado.
O vice Financeiro e de Riscos afirma que a empresa tem conseguido ampliar a carteira de crédito utilizando a base de clientes que já conhece, o que torna as avaliações de crédito mais certeiras. “Hoje, 80% dos créditos concedidos são a clientes do Inter. Essa proporção era exatamente o inverso dois anos atrás.”
A receita bruta total do banco teve crescimento de 24% em um ano, para R$ 2,4 bilhões. Ao todo, o Inter tinha 33 milhões de clientes no final do trimestre, 5,2 milhões a mais que em março do ano passado. O índice de ativação da base era de 55,3%, ou seja, o Inter tinha 18,4 milhões de clientes ativos em março deste ano.
O Inter encerrou o segundo trimestre com R$ 66,6 bilhões em ativos, o que representava um crescimento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital atingiu a marca dos dois dígitos porcentuais, em 10,4%, avanço de 6,8 pontos porcentuais em um ano.
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Stel afirma que o trimestre mostra um avanço consistente do Inter rumo ao cumprimento das metas do plano estratégico para 2027, ano em que o banco espera chegar a 60 milhões de clientes, a 30% de rentabilidade e também a 30% de eficiência operacional. “Estamos evoluindo neste sentido, particularmente em eficiência. Estamos um pouco adiantados, e evoluindo trimestre a trimestre”, diz o executivo.
A eficiência do Inter teve melhoria de 5,5 pontos porcentuais em um ano, para 47,9%. Os reforços em pontos como a experiência do Pix, o Loop, programa de fidelidade do banco digital, e também no crédito são parte da estratégia do Inter de manter a competitividade de seu aplicativo, ou “super app”.
Stel diz que os clientes que chegam ao Inter (INBR32) atualmente buscam crédito e conta gratuita, mas também pelos demais serviços que o Inter oferece.