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Tesouro Direto: taxas de IPCA+ aceleram queda e perdem patamar de 6%

Veja os retornos oferecidos pelos títulos públicos nesta sexta (9) de agenda esvaziada e divulgação do IPCA

Tesouro Direto: taxas de IPCA+ aceleram queda e perdem patamar de 6%
Taxas de prefixados e IPCA+ abrem sessão em queda (Foto: Adobe Stock)
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  • As taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto amanheceram em queda nesta sexta-feira (9)
  • As maiores baixas estão concentradas nos ”IPCA+”, papéis que são atrelados à inflação, mas que pagam também um percentual “fixo” ao ano
  • Os Prefixados 2031 e 2035 também apresentaram quedas de 0,07 e 0,10 ponto percentual na comparação com a sessão anterior

As taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto amanheceram em queda nesta sexta-feira (9). As maiores baixas estão concentradas nos ”IPCA+”, papéis que são atrelados à inflação, mas que pagam também um percentual “fixo” ao ano. O Tesouro IPCA+ com juros semestrais para 2035 e 2055, assim como o IPCA+2035 principal, perderam o patamar de 6% de juro real (acima da inflação) após apresentarem baixas de até 0,12 ponto percentual em relação à véspera. Agora, oferecem 5,94%, 5,99% e 5,91% de rendimento real ao ano, respectivamente.

Os maiores prêmios ficaram com o IPCA+2029 e 2045, cujos rendimentos são de 6,07% ao ano, mesmo após as quedas de 0,04 e 0,12 ponto percentual. Os Prefixados 2031 e 2035 também apresentaram quedas de 0,07 e 0,10 ponto percentual na comparação com a sessão anterior, para 11,88% e 11,67% ao ano. O Tesouro Prefixado 2027 é o único a apresentar ganhos – nesta manhã, ofereciam 11,73% de retorno ao ano, contra 11,70% na véspera.

Vale lembrar que esses títulos sofrem efeitos de “marcação a mercado”, ou seja, os preços oscilam diariamente, assim como as taxas oferecidas na plataforma do Tesouro. Em resumo, quando as taxas sobem, os preços caem e vice-versa. Para fugir dessa volatilidade, o investidor deve manter o capital até o vencimento estipulado no título. Assim, terá exatamente a rentabilidade contratada. O único papel que está livre dessa variação diária é o Tesouro Selic, que paga a variação da taxa básica de juros Selic.

Inflação acima do esperado

Um dos principais assuntos do dia é a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. No mês, os preços subiram em média 0,38%, acima das expectativas de mercado, que apontavam para uma variação de 0,35%. Agora, a inflação acumula alta de 4,5% nos últimos 12 meses.

“Esse é um sinal preocupante, alimentando as expectativas de uma possível alta da Selic. Uma fraqueza nas commodities, decorrente do temor de uma recessão global, poderia oferecer algum alívio inflacionário, embora prejudique nossa balança comercial. O ponto crucial é que já estamos no limite de suportar choques exógenos de inflação”, afirma Matheus Spiess, da Empiricus Investimentos, em boletim.

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Veja os preços e taxas do Tesouro Direto nesta sexta (9).