As ações da Taesa (TAEE11) caem na abertura do pregão desta quinta-feira (22). O papel opera em linha com o mercado, visto que o Ibovespa passa por correção nesta quinta-feira após bater recorde nos dias anteriores. Às 10h29min (de Brasília), as ações da Taesa recuavam 0,03%, a R$ 35,71. No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,44%, aos 135.864,47pontos.
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O mercado acionário brasileiro passa por uma correção nesta quinta-feira após seu principal registrar recordes nos últimos três pregões. Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 0,28%, aos 136.463,65 pontos. O mercado passou por um dia otimista na véspera em meio à ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed).
O documento revelou como a “vasta maioria” dos membros da autoridade monetária acredita ser apropriado cortar a taxa básica de juros no próximo encontro, caso os dados econômicos continuem vindo dentro do esperado. Assim como no comunicado, foi reconhecido que houve progressos recentes na evolução da inflação, gerando mais confiança de que a trajetória aponta para o atingimento da meta de 2% ao ano.
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Com a agenda esvaziada nesta quinta-feira, é esperado que o indicador passe por alguma correção. Mesmo com o dia negativo, a Taesa mantém o tom positivo do mês. Segundo informações do Broadcast, ações da companhia sobem 7,5% no acumulado de agosto até o momento.
O que fazer com as ações da Taesa agora?
Mesmo com esse otimismo no mês, analistas do mercado financeiro não recomendam compra para a ação. O Itaú BBA classifica o papel da Taesa (TAEE11) como market perform, desempenho acima da média do mercado, e que é equivalente a neutra. Os analistas calculam um preço-alvo para o papel de R$ 36,70 para o fim de 2024, uma potencial alta de 2,74% na comparação com o fechamento de quarta-feira (21), quando a ação encerrou o pregão a R$ 35,72.
A recomendação é neutra em meio as estimativas dos analistas da redução dos dividendos da companhia elétrica. A equipe do Itaú BBA diz que em 2023, a empresa pagou 83% do seu lucro consolidado no padrão contábil internacional (IFRS). O valor foi equivalente a 104% do lucro líquido regulatório. O que gerou um dividend yield (rendimento em dividendo) de 9,5%.
A elétrica, no entanto, mudou o seu pagamento de proventos. A modalidade passou a ser 75% do lucro líquido regulatório. Com essa perspectiva de pagamento, os analistas estimam que a Taesa deve entregar um pagamento de 6,3% do seu valor de mercado em dividendos.
Os analistas fazem essa estimativa após a companhia reportar um lucro líquido regulatório de R$ 294 milhões no segundo trimestre de 2024, cerca de 23% acima das expectativas do Itaú BBA. “A empresa do setor elétrico reportou resultados neutros com queda nas receitas puxada pela deflação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que causou baixa de preços nos contratos da empresa”, dizem Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Victor Cunha, que assinam o relatório do Itaú BBA.
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Devido as perspectivas de menor distribuição de dividendos e os problemas da empresa com a deflação, os analistas estimam poucos gatilhos de alta para Taesa e não recomendam compra para as ações da companhia. O BTG segue a mesma linha e prevê dividendos menores. No entanto, os analistas são mais duros e possuem recomendação de venda para Taesa (TAEE11) com preço-alvo de R$ 35 para os próximos 12 meses, uma queda de 2% na comparação com o fechamento de quarta-feira (21), quando a ação encerrou o pregão a R$ 35,72..