No fechamento desta segunda-feira (26), as ações da CVC (CVCB3) caíram 8%, aos R$ 2,07. A derrocada dos papéis da empresa de viagens acontece após a gestora WNT — que costuma mirar players em dificuldades financeiras para ganhar com um turnaround — anunciar a venda de 17,5 milhões de papéis CVCB3. Com a alienação, a casa passou a deter 3,34% de participação no capital social da companhia.
Vale lembrar que na última terça (20), a WNT divulgou a compra de 26,3 milhões em ações da CVC, o que equivalia a uma fatia de 5,01% na companhia. A notícia animou os investidores e fez os papéis saltarem 12,75% na sessão seguinte ao comunicado. Agora, com a redução da posição, devolvem parte desses ganhos.
No ano, a CVCB3 cai 40,8%. Fatores como a alta de 12,9% do dólar em 2024 e expectativa de juros mais altos no país contribuem para impactar a performance dos ativos, que são bastante sensíveis ao cenário doméstico. Isto porque uma subida do dólar e juros tendem a desestimular o consumo. Consequentemente, a compra de pacotes de viagens.
No 2º trimestre deste ano, a CVC registrou um prejuízo líquido de R$ 22 milhões, mais de 86% menor do que o resultado negativo do 2º tri do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, o prejuízo foi de R$ 56,5 milhões, 80% menor do que os R$ 294 milhões negativos no mesmo período de 2023. A dívida bruta está em R$ 800 milhões.