O Itaú Unibanco (ITUB4) concluiu nesta segunda-feira (2) a primeira emissão de um certificado de operações estruturadas (COE, instrumento que mescla elementos de renda fixa e variável) referenciado em risco de crédito. No valor de R$ 500.000, a emissão segue as regras da resolução 5.166 do Conselho Monetário Nacional (CMN), publicada no final de agosto.
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Antes, essa modalidade de COE era permitida apenas em situações restritas. A emissão feita pelo Itaú está atrelada aos riscos de crédito vindos da Colômbia, uma possibilidade que a nova regulação também permite. Operações de risco de crédito, assim como as de risco de mercado, têm de ser registradas na B3.
Nos últimos dez anos, foram comercializados R$ 75,5 bilhões em COEs, de acordo com o banco, e o crescimento no último ano foi de cerca de 30%. O produto tem sido oferecido pelos bancos como alternativa de aplicação para os investidores.
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“Em linha com a agenda de modernização do Banco Central, nós demos o primeiro passo em relação ao derivativo de crédito e, agora, nos antecipamos novamente para oferecer aos nossos clientes essa nova modalidade de COE, que visa dar mais dinâmica para o mercado de crédito e contribuir para o seu desenvolvimento”, diz em nota o superintendente de Produtos do Itaú, Luciano Diaferia.
“Essa nova modalidade amplia as possibilidades de utilização do COE que já era um dos produtos de investimento mais flexível à disposição no Brasil. Além disso, esse novo normativo, em conjunto com as atualizações normativas dos derivativos de crédito ocorridas desde 2023, deve ajudar também na precificação de operações de crédito no mercado brasileiro”, afirma o superintendente de Produtos de Derivativos de Balcão e COE da B3, Otávio de Campos Emmert.