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- Não é só o Tesouro IPCA+ que entrega uma rentabilidade corrigida pela inflação e uma taxa de juros fixa acima de 6%
- Itaú BBA elencou sete opções debêntures incentivadas, Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs)
- A lista conta com títulos com prazos de dois a 20 anos e taxas reais de 6,2% a 7,5%
O Tesouro IPCA+ se tornou o título de renda fixa queridinho dos investidores nos últimos meses. Afinal, era de fazer crescer os olhos a sua rentabilidade corrigida pela inflação mais uma taxa de juros fixa acima de 6%. No entanto, alguns títulos do crédito privado podem gerar retornos superiores e são isentos da cobrança do Imposto de Renda (IR). Foi pensando nisso que o Itaú BBA elencou sete opções.
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O time de analistas considerou os riscos das devedoras, considerando os ratings e a evolução esperada de suas métricas de crédito no curto e no médio prazo. “Os títulos de renda fixa selecionados possuem ratings médios entre AA+ e AAA, o que indica o perfil ‘grade’ dos emissores, conferindo um perfil conservador à seleção”, escrevem os analistas do BBA.
Na seleção de títulos de renda fixa isentos de Imposto de Renda, há debêntures incentivadas, Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), que oferecem taxas reais, isto é, ganhos acima da inflação, de 6,2% a 7,5% com prazos de 2 a 20 anos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
- Títulos em IPCA: para o investidor que deseja investir com ganho real (acima da inflação), mas sabendo que seu título poderá sofrer com a marcação a mercado até o vencimento.
- Títulos em CDI: para o investidor que quer ter parte do seu portfólio em títulos pós-fixados, com menos exposição à marcação a mercado, porém com uma rentabilidade ainda acima dos títulos públicos.
Taxas do Tesouro Direto caem em agosto
As taxas do Tesouro Direto caíram em agosto, como mostramos nesta reportagem, com ganhos entre 0,78% e 3,7% na marcação a mercado. Isso aconteceu devido às grandes altas registradas ao longo do segundo trimestre do ano. Nesta época, a percepção de risco fiscal se acentuou, devido à expectativa de aumento dos gastos públicos e mudanças no arcabouço fiscal.
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Os conflitos entre Banco Central (BC) e governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) geravam ruídos no mercado financeiro, enquanto a falta de visibilidade sobre cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos azedavam o humor dos investidores. Por lá, as taxas estão nas máximas em mais de duas décadas, entre 5,25% e 5,5% ao ano. Soma-se a esses fatores, o temor de uma recessão norte-americana, cujo receio cresceu no final de julho e início deste mês.
Contudo, de lá para cá, a situação melhorou. O governo Lula anunciou um contingenciamento de gastos de R$ 15 bilhões, enquanto as novas falas do diretor de política monetária do BC e indicado a presidente da instituição em 2025, Gabriel Galípolo, foram bem-recebidas pelos investidores. O dirigente reafirmou o compromisso com as metas de inflação e de que subiria a taxa básica de juros, a Selic, se necessário.
Por isso, quando as taxas dos títulos do Tesouro mais recentes caem, quem tem os papéis antigos na carteira, com rentabilidades acima do prêmio vigente, ganha se vender o papel antes do vencimento. A dinâmica se dá o nome de “marcação a mercado”.
Para fugir desse mecanismo, o investidor precisa deixar o capital aplicado até as datas estabelecidas nos ativos de renda fixa – a renda, portanto, se torna de fato “fixa” quando o investidor guarda sua posição até o vencimento do título. Desta forma, receberá exatamente o rendimento acordado no momento da compra.
*Colaborou: Jenne Andrade
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