O Banco do Brasil (BBAS3) deve pagar 8,9% do seu valor de mercado em dividendos (dividend yield), mostra relatório publicado pela corretora após o fechamento do mercado da última sexta-feira (6), quando a ação encerrou o pregão em R$ 28,77.
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O preço-alvo estipulado pelos analistas é de R$ 32,00 até o fim de 2024, uma alta de 11,2% em relação ao fechamento de sexta-feira. A recomendação para as ações da companhia é neutra. Ou seja, o investidor não deve comprar ou vender as ações, mas sim permanecer com os ativos que já possui e caso não tenha nenhum, nenhuma compra deve ser realizada agora.
Segundo o relatório mais recente disponível no site da corretora, a recomendação para BBAS3 leva em conta alguns pontos negativos que o banco apresentou em seu resultado do segundo trimestre de 2024. O Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 8,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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O resultado foi visto pelo mercado como positivo, mas a Ágora Investimentos aponta que a queda da margem com clientes, a margem com o mercado e as tendências da qualidade dos ativos são pontos que preocupam o investidor.
“Notavelmente, a margem com clientes registrou uma contração sequencial nos spreads (ganhos com juros), enquanto os ganhos de Tesouraria tiveram outro forte desempenho, de R$ 5,7 bilhões, em que o Banco Patagônia contribuiu com R$ 1,9 bilhão”, dizem Gustavo Schroden do Bradesco BBI e Renato Chanes da Ágora Investimentos, que assinam o relatório em conjunto.
Os analistas também comentam que o índice de inadimplência do Banco do Brasil se deteriorou pelo quarto trimestre consecutivo, com empréstimos corporativos e rurais se deteriorando sequencialmente. O indicador de calotes acima de 90 dias cresceu 0,3 ponto porcentual, indo de 2,7% no segundo trimestre de 2023 para 3,0% no segundo trimestre de 2024.
“Em geral, apesar do forte resultado e do efeito de carrego positivo da ação devido a seu valuation (valor de mercado) e alto dividend yield (rendimento de dividendos), continuamos preocupados com os tópicos mencionados. Por isso, mantemos nossa recomendação neutra para as ações do Banco do Brasil”, apontam Schroden e Chanes.
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