- O Ibovespa hoje fechou em baixa de 0,48%, aos 134.029,43 pontos, depois de oscilar entre máxima a 134.776,88 pontos e mínima a 133.591,05 pontos, com volume negociado de R$ 16,7 bilhões
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Natura (NTCO3), CSN Mineração (CMIN3) e Raizen (RAIZ4)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Brava Energia (BRAV3), Hypera (HYPE3) e CVC (CVCB3)
O Ibovespa hoje contrariou o bom humor das Bolsas de Nova York e fechou em queda, penalizado pelo recuo das ações da Petrobras (PETR3;PETR4). O índice da B3 terminou esta quinta-feira (12) em baixa de 0,48%, aos 134.029,43 pontos, depois de oscilar entre máxima a 134.776,88 pontos e mínima a 133.591,05 pontos, com volume negociado de R$ 16,7 bilhões. Esta foi a quinta sessão consecutiva em que o indicador finalizou o dia na linha dos 134 mil pontos.
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Em relatório, o Goldman Sachs diminuiu o seu preço-alvo para os ativos ordinários e preferenciais da Petrobras para R$ 43,40 e R$ 39,40, respectivamente, mantendo a recomendação de compra para a empresa. A estimativa foi tomada considerando novos patamares do preço do petróleo. Os analistas do banco afirmaram ainda ver espaço para a distribuição potencial de até US$ 6 bilhões em dividendos extraordinários pela petroleira, sendo US$ 4 bilhões até o final do ano e US$ 2 bilhões no primeiro semestre de 2025.
Com a análise do banco, as ações ordinárias da estatal (PETR3) encerraram o dia em queda de 1,42%, enquanto as preferenciais (PETR4) recuaram 1,21%. O movimento ignorou o desempenho dos contratos futuros de petróleo no exterior, que fecharam em alta, enquanto o furacão Francine continua a avançar nos Estados Unidos e a impactar a produção da commodity no Golfo do México.
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Para o minério de ferro, o dia foi de forte recuperação – com uma alta de cerca de 2,5% em Cingapura e de quase 4% em Dalian, na China. A valorização beneficiou a Vale (VALE3), ação de maior peso no Ibovespa, que subiu 0,90% na sessão e ajudou a conter as perdas do índice da B3.
No exterior, o cenário foi diferente do observado na Bolsa brasileira. Em Nova York, Nasdaq encerrou em alta de 1%, enquanto Dow Jones e S&P 500 registraram ganhos de 0,58% e 0,75%, respectivamente, conforme ações de tecnologia seguiram subindo. Entre os destaques, esteve a Nvidia (NVDA), que fechou em valorização de 1,92%, depois de já ter disparado 8,15% na véspera, em meio a rumores de que os Estados Unidos estão considerando permitir que a empresa exporte chips avançados para a Arábia Saudita.
Investidores americanos também continuam projetando que o Federal Reserve (Fed) irá iniciar seu ciclo de afrouxamento monetário na semana que vem, após uma nova leva de dados econômicos. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em agosto ante julho, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Além disso, os pedidos de auxílio-desemprego no país totalizaram 230 mil na semana encerrada em 7 de setembro, levemente acima das expectativas de 228 mil.
Além da atenção em relação à política monetária americana, os agentes de mercado também estiveram de olho na decisão do Banco Central Europeu (BCE), que cortou a taxa de depósito na região em 0,25 ponto percentual, de 3,75% para 3,50% ao ano. Com a medida, as Bolsas da Europa fecharam a sessão desta quinta-feira com ganhos, suportadas primordialmente pelos setores de tecnologia, financeiro e commodities.
Já o dólar exibiu instabilidade durante a manhã, mas terminou o dia em queda de 0,56%, a R$ 5,6182. O real apresentou, porém, desempenho inferior ao de seus principais pares, como os pesos mexicano e chileno, que exibiram ganhos superiores a 1%.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Natura (NTCO3), CSN Mineração (CMIN3) e Raizen (RAIZ4).
Natura (NTCO3): +3,65%, R$ 14,47
As ações da Natura (NTCO3) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta quinta-feira, encerrando a sessão em alta de 3,65% a R$ 14,47, mesmo com o avanço dos juros futuros.
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Ao Broadcast, o analista Hugo Queiroz, da L4 Capital, disse que o movimento pode estar atrelado a um otimismo do mercado com o processo de recuperação judicial dos Estados Unidos (Chapter 11) da Avon e alguma melhora efetiva da operação depois das vendas de ativos.
A NTCO3 está em alta de 6,79% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 10,79%.
CSN Mineração (CMIN3): +3,27%, R$ 6,31
Os papéis da CSN Mineração (CMIN3) também se saíram bem e terminaram o dia em valorização de 3,27% a R$ 6,31, em pregão positivo para o minério de ferro no exterior. A commodity subiu 3,97% na Bolsa chinesa de Dalian, enquanto avançou 2,49% em Cingapura.
A CMIN3 está em alta de 11,09% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 15,75%.
Raizen (RAIZ4): +2,34%, R$ 3,06
Outro destaque positivo da Bolsa brasileira foi a Raizen (RAIZ4), que subiu 2,34% a R$ 3,06. A empresa anunciou emissão de bonds sustentáveis de 10 anos de montante bechmark, que normalmente varia entre US$ 500 milhões e US$ 750 milhões, conforme apurou o Broadcast.
A RAIZ4 está em baixa de 4,67% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 23,5%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Brava Energia (BRAV3), Hypera (HYPE3) e CVC (CVCB3).
Brava Energia (BRAV3): -5,06%, R$ 21,39
As ações da Brava Energia (BRAV3) registraram a principal queda do Ibovespa hoje, encerrando o dia em baixa de 5,06% a R$ 21,39. Os papéis da companhia, resultante da união da 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3), recuaram em movimento de realização de lucros, depois da forte alta observada na quarta-feira (11), quando os dados de produção da empresa de agosto surpreenderam o mercado.
A BRAV3 está em baixa de 18,89% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 17,64%.
Hypera (HYPE3): -3,01%, R$ 28,37
Quem também se saiu mal foi a Hypera (HYPE3), que recuou 3,01% a R$ 28,37. Ligada ao consumo doméstico, a companhia foi prejudicada pelo avanço dos juros futuros na sessão.
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A HYPE3 está em baixa de 0,6% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 19,08%.
CVC (CVCB3): -2,67%, R$ 1,82
Outro destaque negativo foi a CVC (CVCB3), que cedeu 2,67% a R$ 1,82. Na noite de quarta-feira (11), a empresa informou que chegou a um acordo com debenturistas representantes de mais de 75% das debêntures em circulação da quarta emissão e de 100% das debêntures em circulação da quinta emissão com relação a reestruturação dos ativos.
A CVCB3 está em baixa de 7,61% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 48%.
*Com Estadão Conteúdo