Rede d’Or (RDOR3) e Hapvida (HAPV3) continuam sendo os grandes interesses dos investidores no setor de saúde, avalia o Itaú BBA após ter realizado diversos encontros com analistas de compra no Brasil para discutir os setores de Saúde e Educação. Ambas seguem como as preferidas no setor também pelo banco.
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Em relatório, os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amâncio avaliam que Rede d’Or continua em um momento favorável, com adições significativas à capacidade operacional de leitos através de projetos greenfield e brownfield nos próximos trimestres.
Para o banco, o segmento de seguro saúde da empresa está crescendo em número de beneficiários e apresentando redução na sinistralidade (MLR). Além disso, o banco avalia que a execução eficaz da empresa, o uso de sinergias entre os segmentos de hospital e seguro, e uma melhor alinhamento com a Bradesco Saúde são pontos bem vistos pelos investidores, especialmente em um contexto de desafios financeiros para os concorrentes e aumento das taxas de juros.
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No entanto, o Itaú BBA avalia que existem preocupações sobre o alto valuation (valor do ativo) da empresa, que pode restringir o potencial de valorização e o interesse dos investidores, dependendo do perfil de risco. “Há também ceticismo quanto às previsões de lucro líquido muito otimistas para 2025. Existe a preocupação de que a rápida expansão da capacidade de leitos hospitalares possa resultar em uma redução nos procedimentos complexos ou em uma competição comercial mais acirrada com a SulAmérica, o que poderia afetar a melhoria da MLR”, apontam os analistas.
Já para Hapvida, o crescimento da base de beneficiários é visto como o próximo fator a impulsionar o desempenho da ação, após melhorias na sinistralidade (MLR) e na rentabilidade geral.
A expectativa é que a eficácia de custo da integração da companhia com a NotreDame Intermédica (NDI) se torne mais clara no próximo ano, mantendo os investidores otimistas sobre a empresa. No entanto, a alta volatilidade da ação e as incertezas relacionadas à integração do sistema do operador da NDI e ao aumento da judicialização no sistema de saúde privado têm levado alguns investidores a adotar uma postura cautelosa com o papel. “Isso inclui preocupações com o aumento dos depósitos judiciais e possíveis provisões para perdas judiciais”, avalia o Itaú BBA.
Em relação ao restante do setor de Saúde, há menos interesse em discussões. A expectativa dos investidores é Fleury (FLRY3) mantenha resultados sólidos nos próximos trimestres, mas com potencial de alta limitado. Quanto à Hypera (HYPE3), a expectativa é de que a companhia mostre um forte momento ou tendências de revisão de lucros nos próximos meses.
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