A poupança é uma das ferramentas mais tradicionais para guardar dinheiro. Por ser um investimento de baixo risco, muitos escolhem esse método. Mas quando os juros do Brasil ficam em alta, esse mecanismo não proporciona grandes rendimentos ao investidor.
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Aliás, para quem investe mais na conta poupança, é importante ter em mente que essas taxas estão em crescimento no país. Isso porque o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) de 10,50% para 10,75% ao ano. O reajuste ocorreu devido ao corte de juros nos Estados Unidos em 50 pontos-base, para o intervalo entre 4,75% e 5,0%.
Por que a Selic em alta afeta a poupança?
Com esse cenário econômico, a conta poupança deixa de ser atrativa porque o seu rendimento depende, justamente, do nível da Selic.
Por exemplo, quando esse índice está abaixo ou igual a 8,5% ao ano, a poupança tende a render 70% da taxa básica mais a taxa referencial (TR). Por outro lado, se a Selic ficar acima de 8,5%, a rentabilidade da poupança é de 6,17% ao ano, somada à TR.
Com a Selic em alta, quanto R$ 1 mil renderia na poupança?
Mesmo com uma rentabilidade mais limitada, muitos investidores preferem manter suas aplicações na poupança, por ser mais segura e proporcionar uma rápida conversão em dinheiro.
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Em reportagem do E-Investidor, Rafael Haddad, especialista do C6 Bank, ilustrou uma projeção de quanto determinadas quantias renderiam nesse mecanismo, com a Selic a 10,75%.
Com isso, caso alguém deseje investir R$ 1 mil nesse meio, por exemplo, a rentabilidade bruta – ou seja, sem descontos de Imposto de Renda (IR), taxas ou inflação – seria de 7,02%. A mesma porcentagem seria válida na rentabilidade líquida – ou seja, com descontos de IR e taxas.
A rentabilidade real atingiria 2,85%. Assim, no final, o rendimento da aplicação alcançaria um total de R$ 1.070,20.
Apesar de um retorno menor, em relação a outros produtos de renda fixa, a poupança é escolhida por muitos investidores por conta da sua acessibilidade, isenção de Imposto de Renda e cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para valores até R$ 250 mil.
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Mas vale citar que é possível encontrar outros ativos seguros, além da poupança, capazes de proporcionar maiores retornos financeiros durante esse período de juros elevados. Por isso, uma dica é apostar na diversificação dos investimentos.
Colaborou: Jennifer de Carvalho.