A agenda econômica desta quarta-feira (25) traz o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro, que pode influenciar a curva de juros futuros e as expectativas para o ciclo de aperto monetário. No exterior, o mercado financeiro hoje acompanha as vendas de moradias novas nos Estados Unidos no mês de agosto e estoques de petróleo pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE). A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Adriana Kugler participa de evento sobre perspectivas econômicas.
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Ainda na agenda hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de vários encontros bilaterais da abertura da reunião ministerial do G20 (grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia) em Nova York e concede uma entrevista coletiva à imprensa no final da tarde. Enquanto isso o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de um evento do banco Safra em São Paulo.
Confira os 4 assuntos que movimentam o mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
As bolsas europeias operam em baixa, seguindo um movimento de realização de lucros, enquanto os índices futuros de Nova York também apontam para uma abertura negativa, após os ganhos recentes.
Na Ásia, o Banco do Povo da China (PBoC) cortou a taxa de empréstimo de médio prazo de 1 ano de 2,3% para 2%, um dia após o anúncio de um grande pacote de estímulos à economia, mas o impacto sobre os mercados foi limitado.
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Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem, o dólar tem variação mista. Uma pesquisa da CNN mostrou que a corrida presidencial americana está acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump, com Harris ligeiramente à frente (48% contra 47% de Trump).
A OCDE revisou suas projeções de crescimento da economia global para 2024, de 3,1% para 3,2%, e manteve a previsão de 3,2% para 2025.
IPCA-15
O IPCA-15 de setembro, que deve registrar uma alta de 0,28% em comparação com 0,19% em agosto, pode trazer pressão na abertura da curva de juros futuros, influenciando as apostas sobre o ritmo de alta da Selic.
Na terça-feira (23), após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) – veja aqui –, o mercado reforçou as expectativas de um aumento de 50 pontos-base na Selic em novembro.
Commodities
Esta quarta-feira foi mais um dia de grandes altas no minério de ferro. Após subir mais de 4% na véspera, a commodity fechou valorizada em 4,19 em Dalian, na China. O petróleo, por sua vez, cai em torno de 0,60%.
Mercado brasileiro
Na Bolsa, o cenário de fraqueza em Nova York pode limitar o fôlego dos ganhos, somado à variação das commodities. Mesmo assim, o EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Nova York, subia 2,45% no pré-mercado.
No campo fiscal, a pressão sobre o governo brasileiro aumenta, com investidores estrangeiros cobrando o ministro Fernando Haddad para que o Brasil recupere o grau de investimento, perdido em 2015. Haddad admitiu os desafios, mas prometeu acelerar os esforços.
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Além disso, fica no radar do mercado financeiro hoje a revisão para cima da OCDE das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de 1,9% para 2,9% em 2024, e de 2,1% para 2,6% em 2025, reforçando uma perspectiva mais positiva para a economia do país nos próximos anos.
* Com informações do Broadcast