Fiagro do Itaú (RURA11) tenta ganhar fôlego após derrocada por risco de calote

Nesta semana, mais um Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) sofreu com os investidores temendo um eventual calote em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs)
O Itaú Asset Rural Fiagro (RURA11) derreteu nos últimos três dias, refletindo o medo dos cotistas em relação a dois CRAs investidos pela aplicação, ligados a um produtor rural com dívidas de centenas de milhões e a um grupo em recuperação judicial
Hoje, o RURA11 se recupera após a derrocada do início da semana. Até às 12h59, as cotas subiam 1%, aos R$ 9

Nesta semana, mais um Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) sofreu com os investidores temendo um eventual calote em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). O Itaú Asset Rural Fiagro (RURA11) caiu cerca de 8% nos últimos três dias, refletindo o medo dos cotistas em relação a dois CRAs investidos pela aplicação – o primeiro emitido pelo produtor rural João Batista Consentini, que teria dívidas de R$ 700 milhões, segundo o site The Agribiz, e pedido proteção contra credores na justiça. O segundo recebível é atrelado ao Portal Agro, que entrou em recuperação judicial.

Em fato relevante, o RURA11 comunicou que as emissoras realizaram pagamentos relacionados aos dois últimos meses. Ainda assim, não há como garantir que não haverá inadimplência futura. “Motivo pelo qual o Gestor e o Consultor estão acompanhando estes casos de perto para solucioná-los de forma breve e benéfica para o Fundo, não perdendo de vista que ambos os ativos possuem garantias que sobejam o total das dívidas cujo Fundo é credor”, diz o comunicado do fiagro.

Hoje, o RURA11 se recupera após a derrocada do início da semana. Até as 14h20, as cotas subiam 1%, aos R$ 9,09. Este não é o primeiro fiagro com problemas em função de temores de inadimplência. Nos últimos meses, uma série de fundos da categoria passaram por calotes, como aplicações que possuíam CRAs da AgroGalaxy.