O Ibovespa hoje registra queda expressiva, enquanto investidores monitoram a escalada de tensões no Oriente Médio. Praticamente toda a carteira do índice opera no campo negativo, com apenas 8 ações em alta. Às 15h43 desta quinta-feira (3), a principal referência da B3 recua 1,22% aos 131.889,48 pontos, depois de oscilar entre máxima a 133.513,80 pontos e mínima a 131.176,48 pontos.
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Entre as poucas altas da Bolsa brasileira, estão as ações de petroleiras, que acompanham o desempenho positivo dos contratos futuros de petróleo no exterior. Os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) sobem 1,18%, enquanto os preferenciais (PETR4) avançam 1,04%. Os ativos da Prio (PRIO3) também se saem bem e registram valorização de 1,11%, assim como as ações da Petrorecôncavo (RECV3) e da Brava Energia (BRAV3), que têm alta 1,39% e 0,74%, respectivamente.
Os preços do petróleo sustentam ganhos acima de 5% após a notícia de que o governo americano avalia apoiar um ataque de Israel à infraestrutura de produção de petróleo do Irã. A informação foi transmitida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em conversa com jornalistas nesta quinta-feira. Ao ser questionado sobre “permitir retaliações israelenses”, o americano enfatizou que não faz permissões ao país aliado, mas sim o “aconselha”. “Não vai acontecer nada [ataque] hoje. Falaremos sobre isso depois”, afirmou.
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Além das petroleiras, outras ações que se saem bem no pregão são os papéis da Natura (NTCO3), que lideram os ganhos do Ibovespa e avançam 2,73%. A gestora de investimentos Baillie Gifford atingiu uma participação acionária de 5,04% na empresa, alcançando 69.932.590 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. A casa informou ainda que o aumento da participação tem por objetivo o investimento na companhia, sem intenção de alterar sua composição de controle ou estrutura administrativa.
Entre os poucos destaques positivos do índice da B3, estão também os papéis da Yduqs (YDUQ3) e do Iguatemi (IGTI11), que passaram a subir 1,30% e 0,38%, respectivamente, nesta tarde.
Em contrapartida, as ações da Vamos (VAMO3) lideram as perdas do Ibovespa pelo segundo dia consecutivo, em desvalorização de 4,64%. Na quarta-feira (2), os papéis tombaram 6,66%, enquanto investidores monitoram o recente anúncio de reestruturação, com a divisão dos negócios de aluguel e concessionárias da empresa.
Quem também se sai mal são as ações do Assaí (ASAI3), que cedem 4,20%, ainda pressionadas pela notícia de que a companhia recebeu um termo de arrolamento de ativos da Receita Federal, envolvendo um montante de R$ 1,265 bilhão. Essa medida é resultado de contingências tributárias relacionadas ao Pão de Açúcar (PCAR3).
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O arrolamento tem como objetivo assegurar que haja valor suficiente para a quitação dos créditos tributários em discussão, embora não impeça a alienação dos ativos, exigindo apenas que tais atos sejam informados à Receita Federal.
Como é calculado o índice Ibovespa?
O sistema de pontos do índice da B3 busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a R$ 1. Assim, uma carteira com uma composição idêntica à do índice custa aproximadamente R$ 129 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
A flutuação do Ibovespa hoje reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do índice Ibov sobe, significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.
*Com informações do Broadcast
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