O Goldman Sachs prevê uma redução de 50 pontos-base na sinistralidade (MLR) da Hapvida (HAPV3) no terceiro trimestre de 2024 comparado ao trimestre anterior, com um aumento de 24 mil beneficiários em sua carteira de clientes, como resultado da estabilização da rotatividade de contratos Organização de Provedores Preferenciais (PPO) e da menor velocidade nos reajustes de preços em alguns estados.
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Os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira projetam que as despesas gerais e administrativas (G&A) da operadora de planos de saúde permanecerão estáveis no terceiro trimestre, com uma leve piora nas contingências, aumentando 20 pontos-base trimestralmente. Isso se deve, principalmente, ao alto volume de ações civis no setor, avalia o Goldman Sachs.
O banco avalia que um ponto de discussão recente com investidores tem sido o nível de judicialização do setor, como o aumento no número de ações civis por eventos de saúde durante o período de carência, limitações de cobertura por operadoras, entre outros, impactando as provisões e o fluxo de caixa da empresa devido a depósitos judiciais para potenciais desfechos negativos.
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O Goldman Sachs projeta um Ebitda ajustado R$ 920 milhões para a Hapvida no terceiro trimestre, com uma margem de 12,4%. Isso representa uma redução de 1,0 ponto porcentual (p.p.) em comparação com o trimestre anterior. A principal razão para essa contração foram eventos não recorrentes positivos no último trimestre, incluindo R$ 73 milhões em provisões e reversão de eventos incorridos mas não reportados(IBNR).
O banco tem recomendação de compra para as ações da Hapvida, com preço-alvo de R$ 5,70, o que representa um potencial de valorização 41,8% sobre o fechamento do pregão da última sexta-feira (4).