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Furacão Milton, na Flórida, ameaça investidores e causa perdas em títulos de catástrofe; entenda

Com danos estimados em mais de US$ 100 bi, tempestade ameaça repetir perdas significativas

Furacão Milton, na Flórida, ameaça investidores e causa perdas em títulos de catástrofe; entenda
Furacão Milton ameaça investidores e causa perdas em títulos de catástrofe Foto: RS/Fotos Publicas

A chegada do furacão Milton à costa da Flórida está gerando um cenário de preocupação para investidores que aplicaram em títulos de catástrofe. Após a recente passagem do furacão Helene, o mercado desses papeis, também conhecidos como cat bonds, está sofrendo um baque significativo.

Esses títulos, frequentemente usados por seguradoras e resseguradoras como uma maneira de transferir o risco de grandes desastres naturais para o mercado financeiro, proporcionam aos investidores rendimentos elevados em períodos de baixa incidência de eventos climáticos extremos.

No entanto, quando um desastre de grande escala ocorre, como se prevê com Milton, os investidores podem sofrer perdas expressivas, uma vez que o capital destinado ao pagamento de juros é redirecionado para cobrir indenizações.

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Segundo o Business Insider, em 2023, um ano de furacões relativamente moderados, os investidores tiveram um retorno positivo, com o índice Swiss Re Global Cat Bond registrando um aumento de 20%. Esse resultado foi impulsionado pela calmaria nos eventos climáticos, quase acompanhando o desempenho do S&P 500. No entanto, a situação atual pode reverter esse cenário otimista.

O furacão Milton pode causar danos superiores a US$ 100 bilhões, conforme estimativas preliminares, e possivelmente gerar prejuízos cobertos pelo seguro de cerca de US$ 60 bilhões, de acordo com analistas da Jefferies e RBC. Essas perdas seriam suficientes para acionar cláusulas contratuais que resultariam em prejuízos para os investidores de títulos de catástrofe, repetindo o impacto sofrido com o furacão Ian em 2022, que provocou uma queda de 10% no índice global de cat bonds.

Além do risco direto para os investidores, o mercado financeiro também sentiu os efeitos. Ações de grandes resseguradoras, como Swiss Re e Munich Re, já registram quedas de 3% e 2%, respectivamente, na última semana, refletindo a incerteza em torno dos possíveis danos do furacão, afirma o Business Insider.

Embora o mercado de resseguros tenha adotado taxas mais altas e melhores termos contratuais após o furacão Ian, o que pode suavizar o impacto, a intensidade de Milton e seu potencial destrutivo colocam o setor em alerta. Com a tempestade considerada um evento de grande magnitude, investidores em títulos de catástrofe estão se preparando para uma possível repetição das perdas massivas de 2022.

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Colaborou: Gabrielly Bento.