Antes de alugar um imóvel, a avaliação de preços é um processo fundamental para garantir que o futuro inquilino não tome uma decisão financeira equivocada. Ao analisar o contrato proposto pelo dono do imóvel, vale sempre calcular se o apartamento está num preço justo ou se o aluguel está caro para as suas condições.
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Para quem não sabe como fazer essa avaliação, esta reportagem do Bora Investir, portal da B3, consultou educadores financeiros e elencou algumas dicas para ajudar na análise de preços.
Um passo fundamental é realizar a boa e velha pesquisa, para comparar diferentes imóveis. Na hora de efetuar essa busca, uma ferramenta interessante é o Índice FipeZAP, que calcula os preços de residências com base em informações de amostras de anúncios de imóveis para venda e locação veiculados nos portais Zap Imóveis, Viva Real e OLXBr.
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Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças, recomenda que o futuro inquilino compare o imóvel desejado com outros similares na mesma região usando o Índice FipeZAP para evitar cair em “ciladas”. Outro passo importante é observar o tamanho do apartamento, seu estado de conservação e a proximidade de facilidades como transporte público e comércio.
“Considere o valor do metro quadrado e outros aspectos que podem aumentar o preço, como segurança e infraestrutura local. Essa análise abrangente evita que você pague acima do valor de mercado e permite que seu aluguel seja mais bem planejado, com base em uma visão clara das condições”, afirma Glaciano.
Outro adepto da pesquisa de preços é Marcos Milan, professor da FIA Business School. Ele ressalta a importância de adotar essa prática principalmente em imóveis de localização próxima, já que diferenças de valores entre bairros são normais. “Em grandes capitais, o valor do aluguel pode variar muito de uma região para outra, por isso a importância de se buscar a validação em outros imóveis da mesma região”, explica.
Fatores como vagas de garagem disponíveis, acabamento e idade do imóvel também podem influenciar no valor do aluguel e devem estar no radar de quem busca um apartamento. Afinal, preços muito abaixo do padrão levantam questionamentos quanto à segurança e à conservação de determinado local.
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Caso a pessoa já tenha localizado um imóvel de qualidade com um valor de aluguel atraente, a próxima etapa é revisar atentamente o contrato, observando cláusulas sobre reajustes anuais, manutenção e custos extras, como condomínio e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), pois essas condições podem impactar diretamente o orçamento.
Glaciano também recomenda que o futuro inquilino realize uma vistoria completa no apartamento antes da assinatura do contrato, para assegurar que o imóvel esteja nas condições esperadas e evitar problemas futuros. Nessa hora, vale registrar qualquer detalhe relevante que exija manutenção. “Estar atento a esses pontos garante maior segurança e previsibilidade financeira, além de proporcionar uma relação mais equilibrada e transparente com o locador”, ressalta.
Dicas extras para conseguir um bom aluguel
Ao negociar os valores do aluguel, a recomendação dos especialistas é conversar diretamente com o proprietário, não com intermediários, já que o dono do imóvel tem maior poder para aplicar eventuais abatimentos.
Durante as negociações, a pessoa interessada em alugar o local deve demonstrar flexibilidade em relação a prazos maiores ou à possibilidade de pagamento adiantado, o que pode facilitar uma reavaliação do preço com descontos. Planejar as visitas em períodos de baixa demanda, como entre janeiro e fevereiro, quando os proprietários estão mais dispostos a negociar, também é uma dica importante.
Esta reportagem do Bora Investir, portal da B3, traz mais conselhos para quem está pensando em assinar um contrato de aluguel de forma consciente, sem prejudicar a saúde financeira.
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