O Ibovespa hoje abriu em queda de 0,62%, aos 130.939 pontos nesta quinta-feira (17). A abertura de negócios ocorre de olho dados de inflação. No exterior, a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e novos balanços, como o da Netflix (NFLX34), ficam no foco – confira aqui a agenda completa do dia.
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Os ânimos do principal índice da B3 hoje podem ser limitados com a forte queda do minério de ferro. Na véspera, o Índice Bovespa fechou em alta pela terceira vez seguida, apoiado nas ações da Vale (VALE3) – veja.
No entanto, a mineradora deve ter fôlego curto neste pregão na esteira do minério. Por volta das 9h55, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) caíam 1,82% no pré-mercado de Nova York.
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Por aqui, a agenda traz o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de outubro. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o indicador subiu 1,34% no mês após alta de 0,18% em setembro. O resultado ficou acima das expectativas do Projeções Broadcast, que era de 1,31%.
- Veja também a agenda corporativa do mercado hoje nesta matéria
O que afeta o Ibovespa hoje
Juros do BCE
Esta quinta-feira traz um novo ajuste na política monetária da Europa. O BC da zona do euro cortou juros em 25 pontos-base, em meio a sinais de que os riscos de inflação na região seguem diminuindo. O índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerou para 1,7% em setembro, de 2,2% em agosto, abaixo do esperado (1,8%). Desta forma, a taxa de depósito foi reduzida de 3,50% a 3,25; a de refinancimento de 3,65% a 3,40%; e a de empréstimos de 3,90% a 3,65%.
Balanços
Nesta manhã, a A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, ou TSMC (TSMC34), reportou alta de 54% no seu lucro líquido do terceiro trimestre, alcançando uma marca trimestral recorde pela forte expansão da inteligência artificial (IA) – leia mais aqui. Ainda nesta quinta-feira, são esperados os balanços da Netflix e da Western Alliance, após o fechamento dos mercados.
Bolsas internacionais
O sinal é positivo nas bolsas internacionais antes da decisão do BCE e indicadores nos Estados Unidos. As bolsas da Europa avançam com investidores de olho nos juros da zona do euro.
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Em Wall Street, o Nasdaq futuro lidera alta entre os índices diante do salto de quase 8% do ADR da TSMC após divulgar seu balanço. Os papéis da Nvidia (NVDC34), AMD e Intel (ITLC34) também eram beneficiados.
Commodities
O petróleo passou a subir nesta manhã – em alta de 0,60% no WTI e 0,20% no Brent – em um movimento de recuperação após três sessões em queda.
O mesmo não pode se dizer do minério de ferro, que fechou em forte baixa de 5,99% em Dalian, na China. Em Cingapura, a commodity chegou à queda de 4,19%.
Mercado brasileiro
O leve avanço dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida americana) e incertezas no front fiscal podem amparar um viés de alta nos juros. A ideia do governo de retirar os gastos de estatais do Orçamento não caiu bem aos olhos do mercado, que também espera medidas concretas em relação ao prometido corte de gastos.
“Os agentes seguem digerindo as sinalizações fiscais, que na véspera trouxeram muita volatilidade à sessão. Apesar dos esclarecimentos quanto ao projeto que retira estatais dependentes do Orçamento, fica o temor que tal situação abra caminho para a incorporação de gastos adicionais, com os mercados já defensivos diante de manobras sinalizadas e da falta de disposição do governo de atacar a dinâmica das despesas”, disse o economista sênior da Tendências, Silvio Campos Neto.
No radar, fica a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobre a aplicação de uma tarifa antidumping sobre as importações chinesas de folhas metálicas utilizadas em sua maioria para a confecção de latas para produtos alimentícios e tampas de garrafas de bebidas. A votação deriva de um pedido feito pela CSN (CSNA3), única produtora nacional de folhas metálicas, e pode mexer com ações da empresa no Ibovespa hoje.
*Com informações do Broadcast
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