Em relatório antecipado pelo Broadcast, a XP Investimentos prevê cortes dos juros de referência adiante em todos os países da América Latina, com exceção do Brasil – o qual deve continuar seu ciclo de aperto monetário.
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A inflação brasileira apresenta sinais de preocupação, segundo o economista da XP Francisco Nobre. “Prevemos a inflação acima da meta no nosso horizonte de projeção, encerrando 2024 em 4,6% e 2025 em 4,1%. Nesse contexto, o Banco Central (BC) provavelmente continuará seu ciclo de alta de juros. Vemos uma taxa Selic terminal de 12%, com o ritmo de elevação aumentando para 0,50 p.p. em novembro”, diz ele.
O relatório cita a flexibilização das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), o BC americano, como benigna para as economias latino-americanas. Na perspectiva da XP, juros mais baixos nos EUA sob um cenário de “pouso suave” devem beneficiar os preços dos ativos na região, devido a diferenciais de juros mais amplos ou a um aperto mais moderado em alguns casos.
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Porém, para as decisões de política monetária na América Latina, o Fed não é totalmente determinante, uma vez que a inflação doméstica também desempenhará um papel de relevância, diz a XP. “A inflação persistentemente acima da meta exigirá que as taxas de juros permaneçam em território restritivo (acima do neutro) por mais tempo, porém o progresso nos últimos 12 meses permite que os bancos centrais reduzam gradualmente o grau de aperto da política monetária”.
A análise prevê que o Fed seguirá cortando os juros, porém de forma mais gradual (0,25 p.p.), até alcançar 3,5%. Já na China, novos estímulos devem impulsionar a economia, embora desafios estruturais permaneçam e os riscos geopolíticos podem pressionar os preços das commodities.
* Com informações do Broadcast