- FGC cobre investimentos de até R$ 1 milhão por CPF a cada quatro anos
- Investidor precisa consultar o site do FGC para verificar se o banco emissor está na lista de instituições cobertas
- Sistema bancário é considerado seguro porque a maior parte das aplicações está nos grandes bancos
Quando um banco quebra, investidores com CDBs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), mas até o limite de R$ 250 mil, incluindo rendimentos acumulados. Investimentos acima desse valor não são cobertos, o que exige cuidado ao aplicar em CDBs de bancos menores ou com alta rentabilidade.
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Marcelo Milech, planejador financeiro CFP, lembra que o FGC cobre até R$ 1 milhão a cada quatro anos, “e o pagamento pode levar até 60 dias, sem correção do saldo no período”. “Ao investir em CDBs de rentabilidade alta, é prudente manter o valor abaixo do teto do FGC”, alerta Gianluca Di Matina, da Hike Capital.
Embora os CDBs tenham garantia do FGC, é essencial que o investidor faça a sua parte e consulte o site do FGC para verificar se o banco emissor está na lista de instituições cobertas. “Estando na lista, o investidor terá a proteção do FGC caso o banco venha a quebrar”, diz Matheus Nascimento, analista da Levante Inside Corp.
Resgates em até dois meses
No caso da liquidação extrajudicial da PortoCred e BRK em 2023, os investidores começaram a receber os resgates menos de dois meses após o decreto de recuperação judicial.
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O processo de solicitação ao FGC foi iniciado em março daquele ano, e em abril cerca de 28,5% dos 16,5 mil credores ainda não haviam pedido o pagamento. É importante ter em mente que, para receber a garantia, os investidores precisam enviar documentos e realizar a validação por biometria no aplicativo do FGC, antes de informar os dados bancários e assinar o Termo de Sub-rogação.
A rápida expansão de CDBs de bancos pequenos e médios, com alta rentabilidade e garantia do FGC, passou a incomodar os grandes bancos e a preocupar o Banco Central.
Para especialistas, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) tem sido usado como marketing para vender produtos arriscados. Em resposta, o Banco Central criou, em julho, a terceira regra desde 2021 para limitar a emissão de CDBs com retorno de até 140% do CDI, muito acima das taxas de grandes bancos, que ficam em torno de 100% do CDI.
Sistema bancário é seguro
O sistema bancário, no entanto, é considerado seguro justamente porque a maior parte das aplicações está nos grandes bancos, que têm menos risco de quebrar e mais chances de receber ajuda diretamente do Banco Central em caso de problemas. Na prática, isso quer dizer que são os bancões, por serem os maiores participantes do bolo, que bancam o FGC .
“Investir em CDB é geralmente seguro, especialmente em bancos maiores e mais bem estabelecidos”, confirma Gianluca Di Matina especialista em investimentos da Hike Capital.