- Dados os números recentes da B3, cada vez mais investidores têm descoberto e usufruído dos benefícios desse tipo de operação
- O aluguel de ações na B3 é uma tendência que deve continuar crescendo, especialmente num cenário de maior volatilidade
- O volume total de ações alugadas neste mês foi de R$ 109,5 bilhões, o segundo maior volume mensal desde outubro de 2023
O aluguel de ativos financeiros – sejam eles ações, ETFs, BDRs ou fundos imobiliários – vem se consolidando como estratégia para a geração de renda passiva no longo prazo, especialmente para quem prefere manter uma carteira estável, podendo se beneficiar da volatilidade do mercado sem, no entanto, precisar liquidar algumas de suas posições.
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Dados os números recentes da B3, cada vez mais investidores têm descoberto e usufruído dos benefícios desse tipo de operação. Segundo levantamento da Elos Ayta, o estoque de aluguel atingiu a marca de impressionantes R$ 128,3 bilhões, o maior valor registrado nos últimos 12 meses (a data de referência é 21 de outubro).
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O volume total de ações alugadas neste mês foi de R$ 109,5 bilhões, o segundo maior volume mensal desde outubro de 2023. O pico ocorreu em março deste ano, quando a B3 registrou um volume de R$ 110,2 bilhões em papeis alugados.
Já entre as demais modalidades de ativos, os ETFs ocupam a segunda posição, com R$ 17,1 bilhões negociados via aluguel em outubro deste ano, valor que se aproxima dos R$ 17,4 bilhões registrados no mês anterior (agosto).
Os fundos imobiliários, por sua vez, embora representem um volume menor, anotaran R$ 443 milhões em estoques de aluguel, evidenciando sua participação crescente na renda variável.
Maiores taxas de aluguel
Para uma análise mais detalhada, nos debruçamos também sobre as ações da carteira IBRX100, que reúne os cem ativos mais negociados do mercado brasileiro, e buscamos quais apresentaram em outubro deste ano as maiores taxas de aluguel.
A ação da Ambipar (AMBP3) liderou o ranking, com uma impressionante taxa de 197,09%. Em seguida estão os papeis da Azul (AZUL4), com 30,86%, e da CSN Mineração (CMIN3), com 22,93%.
No entanto, é a ação da Multiplan (MULT3) que se destaca pelo maior estoque de aluguel, com R$ 798 milhões, e uma taxa média de 14,95% no período.
Dias de giro
Outra métrica relevante é o número de dias de giro de um ativo alugado, isto é, o tempo necessário para liquidar o estoque de aluguel de uma ação com base no volume médio diário negociado no mercado à vista. Nesse quesito, as ações da Ambipar (AMBP3) têm o maior número de dias de giro (9,8). Logo atrás estão os papeis CURY3 (9,1 dias de giro) e PETZ3 (8,7 dias de giro).
Já a Azul (AZUL4) tem o menor número de dias de giro, com apenas 1,3 dias. Isso sugere maior volatilidade e interesse dos investidores em operações de curto prazo.
Benefícios e precauções
Do ponto de vista do doador de ativos, o aluguel de ações traz vantagens claras. Trata-se de uma fonte adicional de renda, sem que o investidor precise abrir mão de suas posições. A estratégia é ideal para quem está focado no longo prazo e, portanto, não se preocupa com a volatilidade de curto prazo.
Para quem busca ganhos mais imediatos, o aluguel tende a ser desvantajoso. Ele limita a capacidade de o investidor aproveitar movimentos rápidos de valorização ou desvalorização de ações.
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O aluguel de ações na B3 é uma tendência que deve continuar crescendo, especialmente num cenário de maior volatilidade e busca por diversificação, mas a adesão a essa modalidade exige cautela. O melhor, como sempre, é traçar uma estratégia clara de investimento, com objetivos de curto, médio e longo prazo, para aí sim decidir quais operações melhor atendem a esses objetivos.