O CEO da Auren Energia (AURE3), Fabio Zanfelice, anunciou nesta quinta-feira (31) que cerca de 24% do free float – parcela das ações de uma empresa que está em circulação na Bolsa de Valores – da AES Brasil (AESB3) exerceu opção por ações AURE3.
Leia também
“Isso leva o free float da Auren a aumentar em 11%, o que representaria, em uma analogia em números, uma capitalização de R$ 550 milhões”, afirmou Zanfelice, em teleconferência para apresentação dos resultados do terceiro trimestre da companhia.
A Auren deve concluir ainda nesta quinta-feira (31) a incorporação da AES Brasil. Com a combinação de negócios, a companhia aumenta a sua capacidade instalada em 5,2 gigawatts (GW), totalizando 8,8 GW de energia renovável, e se torna a terceira maior geradora de energia do Brasil. Em relação à operação, Zanfelice destacou que o cronograma segue conforme esperado. “Tudo transcorrendo bem, teremos até o final desse dia o anúncio da conclusão”, disse.
Processo de fusão
A AES Brasil será oficialmente incorporada pela ARN Holding Energia, que, em seguida, também será absorvida pela Auren, concluindo o processo de fusão entre as empresas. Com isso, esta quinta-feira (31) representa o último dia de negociação das ações da AESB3 na B3, a Bolsa de Valores brasileira.
Publicidade
Com a operação, os investidores da AES tiveram três opções, que puderam escolher até terça-feira (29):
- Opção 1: Receber 90% do valor em ações ordinárias da Auren e 10% em dinheiro. Para cada ação da AES, o acionista receberá 0,67498865568 ação da Auren mais R$ 1,18438832610;
- Opção 2: receber 50% do valor em ações ordinárias da Auren e 50% em dinheiro. Isso equivale a 0,37499369760 ação da Auren mais R$ 5,92194163050;
- Opção 3: receber 100% do valor em dinheiro, ou seja, R$ 11,84388326100 por ação.
O anúncio da Auren confirmando a compra da AES Brasil foi feito no dia 15 de maio deste ano por meio de fato relevante, com investimento de R$ 7 bilhões. A aprovação da união pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de forma final e definitiva, ocorreu em julho. Já o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aconteceu em setembro.
Com a expansão, a opinião dos analistas consultados nesta reportagem do E-Investidor é de que o foco da Auren será alterado. Em vez da distribuição regular de dividendos, o objetivo principal será o crescimento da organização.