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Auren (AURE3) e AES Brasil (AESB3) anunciam fusão da 3ª maior geradora do País em negócio de R$ 30 bilhões

Conselho de Administração da Auren aprovou a proposta. Veja os detalhes da operação

Auren (AURE3) e AES Brasil (AESB3) anunciam fusão da 3ª maior geradora do País em negócio de R$ 30 bilhões
(Foto: Viliam em Adobe Stock)

O Conselho de Administração da Auren (AURE3) aprovou a proposta de fusão com a AES Brasil (AESB3) e uma futura reorganização societária, com unificação das bases acionárias das companhias, segundo informação divulgada em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite desta quarta-feira (15). O negócio deve resultar na terceira maior geradora de energia renovável do País, com valor de mercado estimado em R$ 30,8 bilhões.

De acordo com o documento, ao final do processo, a AES Brasil se tornará subsidiária integral da Auren. A operação para a venda da AES Brasil estava em curso a vários meses e a Auren, que já tinha 5% da companhia era apontada como um dos potenciais compradores para o ativo. Inicialmente, a Auren teria feito uma primeira oferta firme pela geradora de energia, mas o preço não teria agradado a AES Corp, controladora da companhia.

As companhias informaram que a combinação dos negócios ocorrerá por meio da incorporação de ações, que resultará na conversão da AES Brasil em subsidiária integral da Auren, que terminará como a única empresa listada no Novo Mercado da B3. Nessa operação, os acionistas da AES poderão converter suas ações numa combinação de caixa e ações da Auren. O preço por ação será de R$ 11,55, com uma relação de troca de 0,762376237623 ação ON de Auren para cada ON da AES Brasil.

Há três opções de conversão para os acionistas da AES Brasil: a primeira prevê 10% em caixa e 90% em ações (R$ 1,16 mais 0,69x em ativos da Auren por ação da AES). Na segunda, a condição é de 50% em caixa e 50% em ações (R$ 5,78 mais 0,38 vezes as ações da Auren pelas da AES); e a terceira prevê a dissidência do acionista, com o pagamento de R$ 11,55 por ativo. A Votorantim, controladora da Auren, optou pela primeira opção e a AES Corporation pela segunda, o que culminará na saída dos norte-americanos do capital da companhia – o E-Investidor já havia antecipado a intenção nesta reportagem.

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Após a conclusão da operação a empresa terá entre 29% e 40% no free-float, o que pode elevar a liquidez dos ativos.

Terceira maior empresa de energia renovável do Brasil

A fusão entre Auren e AES Brasil deve criar a terceira maior geradora de energia renovável do País, com 8,8 gigawatts (GW) de capacidade instalada. No segmento de comercialização, terá 4,1 gigawatt médio (GWm) de energia comercializada. O valor de mercado da companhia após a combinação dos negócios está estimada em R$ 30,8 bilhões.

Do portfólio de geração, 3,6 GW pertencem atualmente à Auren, enquanto os outros 5,2 GW vêm da AES, a maior parte na fonte hídrica. Há perspectiva, ainda, de crescimento futuro com projetos greenfield (iniciados a partir do zero). Em comunicado, a companhia informou que a geração de caixa resultante da operação, com Ebitda de R$ 3,5 bilhões, permitirá uma rápida desalavancagem, aliada à capacidade de pagamento recorrente de dividendos.

Outro ponto destacado por ambas as companhias é a capacidade de geração de sinergias tanto as operacionais, quanto as financeiras, que podem alcançar R$ 1,2 bilhão. Essa cifra considera as despesas gerais e administrativas a partir da combinação dos negócios, considerando entre 40% e 50% de redução das despesas corporativas da AES Brasil.