Apesar das expectativas para o resultado das eleições nos Estados Unidos (EUA), as negociações em dia da votação não costumam ser ruins para o mercado acionário. Segundo informações do Yahoo Finance, o S&P 500 subiu em 8 dos 10 dias de eleição em que a bolsa de valores esteve aberta. A análise leva em consideração as eleições presidenciais desde 1980 até hoje.
Leia também
A performance se repete quando se observa o desempenho mensal durante os meses eleitorais. Ainda de acordo com o Yahoo Finance, o índice caiu em cinco dos últimos 10 novembros eleitorais. Já no ano seguinte às eleições, o S&P500 subiu em média 10,68% desde a década de 1960.
“Continuamos cientes de que, embora as eleições geralmente desencadeiem reprecificações de curto prazo, o S&P 500 tende a registrar ganhos em todos os cenários de equilíbrio de poder”, escreveu Lori Calvasina, da RBC Capital Markets, em nota aos clientes no domingo que o Yahoo Finance teve acesso.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Embora a volatilidade dos mercados acionários seja baixa em períodos de eleição, os analistas tendem a ficar atentos aos impactos das propostas dos candidatos na dinâmica econômica que podem reduzir ou aumentar o lucro das empresas.
Como mostramos nesta reportagem, uma possível vitória de Donald Trump, candidato do partido republicano, as ações do setor de energia poderiam ser beneficiadas visto que o ex-presidente é mais favorável para a produção doméstica de combustíveis fósseis e flexbilização as exigências regulatórias para reduzir os custos das empresas.
“Acreditamos que a sabedoria convencional de (Kamala) Harris é mais favorável à energia alternativa do que Trump, e que o ex-presidente é mais favorável à energia tradicional”, disseram os analistas da RBC Capital Markets em relatório, publicado no início de outubro.
O mesmo poderia acontecer com o setor financeiro. Isso porque o candidato republicano prometeu reduzir a taxa de imposto de renda corporativa para 15% ao contrário de Kamala Harris, candidata à presidência pelo partido republicano, que planeja elevar a alíquota de 21% para 28%.
“Especificamente, pensamos que o processo de aprovação regulatória para grandes negócios bancários seria menos oneroso e os cronogramas poderiam ser acelerados, o que ajudaria a estimular mais fusões e aquisições em nosso setor”, afirmaram analistas bancários regionais do RBC na época. Durante a manhã desta terça-feira (5), dia das eleições nos EUA, o índice futuro do S&P500 operava com ganhos de 0,23%, aos 5.756,25 pontos.