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Ibovespa hoje amplia queda de olho em eleições nos EUA e temor fiscal no País; Itaú (ITUB4) lidera ganhos após balanço

O desempenho do índice hoje também acompanha discussões de juros e commodities. Saiba mais

Ibovespa hoje amplia queda de olho em eleições nos EUA e temor fiscal no País; Itaú (ITUB4) lidera ganhos após balanço
Ibovespa é o principal índice da Bolsa. (Foto: Adobe Stock)

Ibovespa hoje ampliou a queda registrada na abertura dos negócios ao final da manhã desta terça-feira (5), com a carteira teórica majoritariamente no vermelho. Às 11h46 (de Brasília), o índice recuva 0,46%, aos 129.912 pontos.

A desvalorização do principal índice da B3 hoje vai na contração o viés de alta do petróleo e dos índices futuros de ações norte-americanos. A eleição presidencial nos Estados Unidos concentra as atenções dos investidores, que ainda estão na expectativa de um possível anúncio de corte de gastos em breve pelo governo federal.

Ao mesmo tempo, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga sua decisão sobre juros na quarta-feira (6). Já nos EUA, a divulgação ficou para quinta-feira (7).

Na última segunda-feira (4), o Índice Bovespa fechou com alta de 1,87%, aos 130.514,79 pontos, animado por notícias sobre o pacote fiscal. “Essa volta aos 130 mil pontos é positiva, com chance de buscar os 132 mil pontos e acionar mais altas em seguida”, analisa Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil, ponderando que é importante monitorar a eleição americana e o noticiário fiscal no Brasil.

O que movimenta o Ibovespa hoje

Eleições nos EUA

O agregador de pesquisas da ABC News apontava Kamala Harris com 48% das intenções de voto e Donald Trump com 46,8% nesta manhã. Em seu último discurso de campanha, Kamala disse que as eleições devem ser as mais acirradas da história, mas que o “ímpeto” está do lado dela.

Já Donald Trump repetiu denúncias falsas sobre fraudes eleitorais e voltou a associar a presença de imigrantes à criminalidade. Resultados quase completos são esperados na Geórgia, Carolina do Norte e Michigan ainda nesta noite.

Decisões sobre juros

Além das eleições americanas, esta terça-feira é marcada pelo início das discussões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, que se encerram na próxima quarta (6) e quinta-feira (7) respectivamente.

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Para a decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), há consenso de corte de 25 pontos-base. Já no caso do Copom, é esperado o aumento da Selic em 50 pontos-base, para 11,25%.

Quadro fiscal

Na noite de segunda-feira (4), o Ministério da Fazenda informou que as propostas em discussão sobre o corte de despesas foram apresentadas e compreendidas em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros. O mercado deve continuar cobrando um anúncio logo do pacote de medidas e qual será o valor das reduções.

O alívio na Bolsa, nos juros e no dólar na véspera deve ter sido pontual, diz Pedro Moreira, sócio da One Investimentos. “Entendo que foi uma euforia de dia a dia após o cancelamento da viagem prevista para esta semana do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa. Foi um recado para o mercado, que reagiu bem mas não acho que será duradouro. Não houve nenhuma definição sobre a reunião da véspera, e o pacote fiscal”, avalia.

Nesta terça-feira, às 16 horas, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, terá uma reunião sobre o corte de gastos do governo com os ministros Carlos Lupi (Previdência) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).

Commodities

Apesar da valorização acima de 1,00% das cotações do petróleo, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) operam em queda nesta manhã. Os ativos ordinários caem 0,37%, negociados a R$ 38,24, enquanto os preferenciais recuam 0,06%, a R$ 35,48 no horário acima.

Já os papéis da Vale (VALE3) avançam 0,19%, a R$ 62,82, acompanhando a valorização de 2,53% do minério de ferro em Dalian, na China.

Destaques da Bolsa

As ações ligadas ao ciclo econômico, também chamadas de cíclicas, mostraram forte avanço na véspera, mas neste terça-feira devolvem os lucros obtidos. O Carrefour (CRFB3), por exemplo, cede 4,42%, cotada a R$ 7,77, liderando a ponta negativa do Índice Bovespa hoje.

Já a ponta positiva do Ibovespa hoje é ocupada pelos ativos do Itaú (ITUB4). Os ativos sobem 2,50%, negociados a R$ 36,16. O movimento ocorre após o balanço robusto do terceiro trimestre, quando o banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 10,675 bilhões no terceiro trimestre, resultado 18,1% superior ao de igual período de 2023. 

* Com informações do Broadcast

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