As eleições nos Estados Unidos concentram a atenção dos mercados globais nesta terça-feira (5) com os norte-americanos indo às urnas para escolher o próximo presidente do país. Como mostramos nesta reportagem, o dia de votação não costuma adicionar volatilidade para os mercados acionários, mas as propostas de cada candidato podem aumentar ou reduzir os riscos das companhias listadas em bolsa de valores.
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Mas, ao observar o histórico dos últimos 15 governos americanos, os dados mostram que uma vitória de Kamala Harris, candidata à presidência pelo partido democrata, pode ser mais favorável para o mercado acionário do que o retorno de Donald Trump, candidato pelo partido republicano, à Casa Branca. Segundo um levantamento realizado pela Elos Ayta Consultoria, os desempenhos dos índices Dow Jones, Nasdaq Composite e S&P500 foram melhores durante os governos democratas em comparação aos dos republicanos.
A mediana do índice Nasdaq, por exemplo, sob governos democratas foi de 99,29%, porcentual bem acima da mediana de 34,28% durante a gestão republicana. Os índices Dow Jones e S&P 500 seguiram uma tendência similar e registraram medianas de 49,76% e 62,66%, respectivamente, sob administrações democratas, contra 23,41% e 27,31% em administrações republicanas.
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Apesar de indicar uma tendência sobre o que esperar das bolsas nos próximos quatro anos, a diferença dos índices entre os dois governos democratas e republicanos depende de fatores econômicos e políticos do início ao fim de cada mandato. “Entretanto, analisar o comportamento dos mercados sob diferentes administrações nos ajuda a entender como líderes e suas políticas influenciam a confiança dos investidores e, em última análise, a prosperidade econômica do país”, destacou Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria e responsável pelo levantamento.
Nos últimos dias, a democrata Kamala Harris liderava nas pesquisas eleitorais, mas com baixa vantagem. Segundo uma pesquisa realizada pela ABC News, a atual vice-presidente do governo Joe Biden possuía 48% das intenções de voto, enquanto Trump permanecia com 46,8%. A diferença mostra que as eleições nos Estados Unidos deste ano têm sido uma das mais disputadas da história.