O índice BDRx, que reúne os principais BDRs (títulos emitidos no Brasil que representam uma ação de companhia aberta sediada no exterior), avança 2% durante as negociações desta quarta-feira (6). A valorização reflete a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos (EUA), que deve favorecer as companhias listadas no mercado norte-americano. Já o Ibovespa, principal índice da B3, opera com uma queda de 0,54% durante o dia.
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Como mostramos nesta reportagem, o retorno do republicano à Casa Branca pode beneficiar as ações de alguns setores da economia, como as empresas de energia. O ex-presidente é favorável à produção doméstica de combustíveis fósseis e à flexibilização das exigências regulatórias que devem reduzir os custos das empresas.
“Acreditamos que a sabedoria convencional de (Kamala) Harris é mais favorável à energia alternativa do que Trump, e que o ex-presidente é mais favorável à energia tradicional”, disseram os analistas da RBC Capital Markets em relatório, publicado no início de outubro.
O mesmo poderia acontecer com o setor financeiro. O candidato republicano prometeu reduzir a taxa de imposto de renda corporativa para 15%, ao contrário de Kamala Harris, candidata à presidência pelo partido democrata, que planejava elevar a alíquota de 21% para 28%.
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“Especificamente, pensamos que o processo de aprovação regulatória para grandes negócios bancários seria menos oneroso e os cronogramas poderiam ser acelerados, o que ajudaria a estimular mais fusões e aquisições em nosso setor”, afirmaram analistas bancários regionais do RBC na época.
Além disso, o novo governo deve criar um ambiente regulatório mais favorável para o setor de criptomoedas. As promessas feitas por Trump durante a campanha eleitoral ajudaram os BDRs da Coinbase (C2OI34), exchange de criptomoedas, a ter a maior valorização do BDRx durante as negociações de terça-feira. Por volta das 12h, os papéis subiam cerca de 16,4%.
O mesmo acontece com os BDRs da Tesla (TSLA). No mesmo horário, os papéis da montadora de veículos elétricos avançam 14%. O otimismo em torno da empresa visa a relevância de Elon Musk, CEO da companhia e apoiador do republicano, dentro do governo americano com a volta de Donald Trump à presidência. Veja mais detalhes nesta reportagem.
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