A Minerva Foods (BEEF3) registrou lucro líquido de R$ 94,1 milhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 33,3% em relação aos R$ 141 milhões contabilizados em igual período de 2023, informou a companhia nesta quarta-feira (6). Também houve queda de 1,4% ante o lucro de R$ 95,4 milhões do segundo trimestre.
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“A redução no lucro em relação ao terceiro trimestre do ano passado é atribuída ao aumento da dívida bruta, que ocorreu para financiar a aquisição das plantas da Marfrig (MRFG3). Especificamente, houve um impacto financeiro em duas frentes: o pagamento de R$ 1,5 bilhão e a captação de R$ 6 bilhões por meio de um bond, que começou a acumular juros”, disse, em entrevista, o CFO da Minerva, Edison Ticle.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 813 milhões no trimestre encerrado em setembro, 13,9% acima dos R$ 713,7 milhões apurados no terceiro trimestre do ano passado e 9,2% mais do que no trimestre anterior. A margem Ebitda ficou em 9,6%, ante 10,1% no terceiro trimestre de 2023 e 9,7% no segundo trimestre deste ano.
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A receita líquida no período de julho a setembro somou R$ 8,501 bilhões, alta de 20,3% em comparação ao período correspondente de 2023 (R$ 7,068 bilhões) e 10,9% maior do que no segundo trimestre.
“Esse foi um trimestre muito positivo para nós, em que batemos o recorde de receita líquida em um único trimestre. Também alcançamos um recorde de Ebitda em um único trimestre”, afirmou Ticle.
A receita bruta da companhia somou R$ 9,043 bilhões no terceiro trimestre, alta de 19,6% na comparação anual e de 10,8% ante o segundo trimestre de 2024. A receita bruta com o mercado externo atingiu R$ 5,453 bilhões, alta de 12% ante igual intervalo de 2023. Já no mercado interno atingiu R$ 3,590 bilhões, avanço anual de 33,4%.
A Minerva contabilizou 384,4 mil toneladas de carne vendidas no terceiro trimestre, 15,2% acima do igual período do ano passado e 6% mais do que no segundo trimestre. O abate total, de 1,096 milhão de animais, cresceu 16,9% na comparação anual e recuou 0,3% ante o segundo trimestre.
O índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 2,6 vezes, inferior a um ano antes, quando era de 2,8 vezes. “É importante lembrar que, no resultado financeiro, estamos carregando toda a despesa referente à dívida que tomamos para pagar a Marfrig, sem ainda usufruir de nenhum benefício operacional, seja em fluxo de caixa ou Ebitda”, acrescentou Ticle, em referência à aquisição de 13 plantas produtivas e um centro de distribuição da Marfrig.
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