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“Pacote fiscal do governo Lula deve vir mais ambicioso do que esperávamos”, diz diretor da Eurasia

Christopher Garman participou de evento da Consulting House nesta segunda-feira (18) em São Paulo

“Pacote fiscal do governo Lula deve vir mais ambicioso do que esperávamos”, diz diretor da Eurasia
Em busca do equilíbrio fiscal, governo estuda medidas de contenção de gastos.(Foto: Wilton Junior/Estadão)

Para Christopher Garman, cientista político e diretor executivo para Américas da Eurasia, o pacote de reforma fiscal a ser anunciado pelo Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode surpreender positivamente. O especialista elenca que as interlocuções com Brasília apontam para possíveis medidas como criar uma trava no aumento do salário mínimo e no piso de educação e saúde. A expectativa de economia para 2026 fica entre R$ 35 e R$ 50 bilhões.

“Benefício de Prestação Continuada (BPC), abono, seguro-desemprego, também podem entrar na rota. O pacote pode vir mais ambicioso do que nós estávamos esperando. Mais do que o valor, o que me impressiona são as regras”, afirma Garman. “E tem o lado ruim. O presidente Lula quer compartilhar custos, taxar ricos, vem uma questão tributária desafiadora.”

O diretor executivo da Eurasia vê a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, como um fator que facilitou a conscientização sobre a importância do controle de gastos. “A vitória de Trump ajudou porque o mundo ficou muito mais desafiador para o Brasil”, diz o especialista, que vê o aumento do custo de vida norte-americano como um dos fatores que tirou dos democratas a reeleição. “Joe Biden gastou demais no primeiro ano de mandato e pagou o preço.”

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Garman participou do painel “Nova ordem: Impactos políticos e econômicos em um mundo interconectado e volátil”, junto a Fernando Schuler, cientista político e professor do Insper, e comentaram sobre o pacote fiscal.