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Criptomoedas

Quais os diferentes tipos de criptomoedas? Saiba como funcionam e como podem ser usadas

Essas moedas podem ser criadas para melhorar a performance em áreas específicas, como transações mais rápidas

Quais os diferentes tipos de criptomoedas? Saiba como funcionam e como podem ser usadas
(Imagem: 24K-Production em Adobe Stock)

Existem diferentes criptomoedas no mercado, cada uma com características e finalidades únicas. Entre as mais conhecidas e amplamente utilizadas, destaca-se o bitcoin, criado para ser uma moeda descentralizada e uma reserva de valor e que atingiu a marca história dos US$ 100 mil na madrugada desta quinta-feira (5).

Há ainda as altcoins que são as criptomoedas subsequentes ao BTC e possuem outras propostas de funcionalidades. O principal deles é o ethereum (ETH), uma plataforma blockchain que permite a criação de contratos inteligentes e os DApps (aplicativos descentralizados executados em Blockchain). Existem também as stablecoins que são moedas digitais que buscam manter um valor estável atrelado a ativos tradicionais, como o dólar americano.

Outros tipos de criptoativos incluem tokens de governança, tokens de utilidade e até as criptomoedas focadas em privacidade. Basicamente, o ramo das criptomoedas pode ser dividido em um guarda-chuva composto por: bitcoin, stablecoins, altcnoins, tokens, NFTs e DAOs.

Bitcoin É uma moeda digital descentralizada que funciona como reserva de valor e meio de pagamento;
Stablecoins São criptomoedas com valor atrelado a um ativo estável (como o dólar) para reduzir a volatilidade;
Altcoins São todas as criptomoedas que não são bitcoin, com características que variam para diferentes finalidades;
Tokens São unidades de valor criadas sobre outras blockchains, representando ativos ou utilidades em projetos específicos;
NFTs São tokens digitais únicos que representam ativos não fungíveis, como arte, música ou itens colecionáveis digitais;
DAOs São organizações descentralizadas administradas por mecanismos de consenso, onde os membros tomam decisões coletivas usando tokens de governança.

 

Bitcoin (BTC)

O bitcoin (BTC) foi criado com o objetivo de ser a primeira moeda digital descentralizada, permitindo transações diretas entre pessoas sem a necessidade de intermediários como bancos ou outras instituições financeiras.

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A principal proposta do bitcoin é proporcionar uma forma de pagamento peer-to-peer (de pessoa para pessoa), em que os usuários podem transferir valor diretamente, sem a supervisão de uma autoridade central, o que torna as transações mais rápidas, baratas e transparentes.

O bitcoin usa a tecnologia blockchain para garantir a segurança e a integridade das transações, permitindo que cada transação seja registrada de forma imutável em um livro-razão digital descentralizado, que é mantido por uma rede global de mineradores.

Ethereum (ETH)

O ethereum (ETH) é uma plataforma descentralizada que vai além da ideia de uma moeda digital, como o bitcoin. Foi projetado para ser uma plataforma que permite a criação e execução de contratos inteligentes (smart contracts) e aplicações descentralizadas (DApps). Esses contratos inteligentes são programas autoexecutáveis que permitem acordos e transações sem a necessidade de intermediários, garantindo maior eficiência e segurança.

A criptomoeda nativa da rede ethereum, chamada Ether (ETH), é utilizada para pagar pelas transações realizadas dentro dessa rede, além de ser usada como um meio de incentivar os mineradores ou validadores a manter a integridade da blockchain.

O ethereum tem a capacidade de criar e gerenciar tokens e outros ativos digitais, o que o torna uma plataforma chave para a inovação no espaço das criptomoedas.

Stablecoins

De acordo com o site da Bolsa de Valores brasileira (B3), as stablecoins são um tipo de criptomoeda projetada para manter um valor estável. Ao contrário de outras criptomoedas como o bitcoin e o ethereum, que podem sofrer grandes flutuações de preço, as stablecoins buscam minimizar a volatilidade, geralmente mantendo seu valor atrelado a uma moeda fiduciária, como o dólar americano (USD).

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Isso faz com que as stablecoins sejam uma opção mais segura para transações e investimentos dentro do mercado de criptomoedas, permitindo que os usuários evitem os altos e baixos comuns de outras criptos.

As stablecoins são amplamente utilizadas para reduzir a volatilidade no mercado de criptomoedas, proporcionando uma opção segura para os investidores e traders que desejam movimentar fundos dentro do ecossistema de criptos sem serem afetados pelas flutuações diárias de preços.

Veja exemplos na tabela abaixo:

Tether (USDT) Uma das stablecoins mais populares, o tether (USDT) é atrelado ao dólar americano, sendo amplamente utilizado para transações em várias exchanges de criptomoedas;
USD Coin (USDC) ambém vinculado ao dólar americano, o USD Coin (USDC) é uma stablecoin que passa por auditorias regulares para garantir que sua reserva de dólares esteja 100% alinhada com o valor em circulação;
Dai (DAI) Diferente das stablecoins centralizadas, o Dai (DAI) é uma stablecoin descentralizada criada pela plataforma MakerDAO. Seu valor também é atrelado ao dólar americano, mas é mantido por meio de um sistema de contratos inteligentes e colaterais digitais.

 

Altcoins

Com o sucesso do bitcoin, diversas outras criptomoedas surgiram com o objetivo de oferecer alternativas e melhorias em áreas como privacidade, escalabilidade e usabilidade. Embora o bitcoin seja a primeira e mais conhecida criptomoeda, as altcoins têm se destacado por trazerem novas propostas e inovações para o ecossistema das criptos.

Essas moedas podem ser criadas para melhorar a performance em áreas específicas, como transações mais rápidas, menor custo de uso, ou até mesmo para atender a necessidades de nicho (como moedas voltadas para a privacidade).

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Veja os exemplos abaixo:

Litecoin (LTC) Criada em 2011 por Charlie Lee, o litecoin (LTC) é frequentemente descrito como uma versão mais rápida e mais barata do bitcoin. O litecoin tem um tempo de geração de blocos mais curto (2,5 minutos, comparado aos 10 minutos do bitcoin), o que permite transações mais rápidas. Além disso, a oferta total de litecoin também é limitada a 84 milhões de unidades, o que lhe confere características semelhantes às do Bitcoin, mas com melhorias na velocidade e eficiência das transações;
Ripple (XRP) O ripple (XRP) é uma criptomoeda focada em melhorar as transferências bancárias e financeiras. O principal objetivo do ripple é oferecer uma solução rápida, barata e eficiente para transferências internacionais entre bancos e outras instituições financeiras;
Bitcoin Cash (BCH) O Bitcoin Cash (BCH) é uma bifurcação (fork) do bitcoin, criada em 2017 com o objetivo de aumentar a capacidade de processamento de transações. A principal diferença entre o bitcoin e o bitcoin cash está no tamanho do bloco.

 

Tokens

Ainda com base em dados da B3, tokens são unidades de valor criadas e gerenciadas em uma blockchain, que representam diferentes tipos de ativos ou direitos dentro de um ecossistema digital. Diferente das criptomoedas, que são moedas digitais independentes como o bitcoin, os tokens são geralmente criados em cima de outras blockchains, usando seus smart contracts (contratos inteligentes).

Isso permite que qualquer pessoa ou projeto crie tokens sem precisar desenvolver uma blockchain do zero.

NFTs (Tokens Não Fungíveis)

Os NFTs (Tokens Não Fungíveis) são uma classe de ativos digitais únicos que utilizam a tecnologia de blockchain para garantir sua autenticidade e propriedade. Ao contrário das criptomoedas tradicionais, como o bitcoin ou o ethereum, que são fungíveis (ou seja, cada unidade tem o mesmo valor e pode ser trocada por outra de igual valor), os NFTs são não fungíveis, o que significa que cada token é único e não pode ser substituído por outro com as mesmas características.

Isso os torna ideais para representar ativos digitais únicos, como arte digital, música, itens colecionáveis e até objetos virtuais dentro de jogos.

Criptomoedas de governança descentralizada (DAO)

As criptomoedas de governança descentralizada (DAO) são projetadas para permitir que as comunidades gerenciem e tomem decisões sobre redes e plataformas de forma descentralizada. Diferente das estruturas tradicionais, em que decisões são tomadas por uma entidade central ou um pequeno grupo de pessoas, as DAOs utilizam mecanismos de consenso baseados em blockchain para garantir que todos os participantes tenham a oportunidade de influenciar as decisões.

Esses mecanismos podem incluir votação, propostas e deliberações, onde os detentores de tokens têm poder para votar e definir as políticas do protocolo, atualizações de rede, alocação de recursos e outros aspectos fundamentais.

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Diferentes criptomoedas trazem versatilidade e diversidade para o mercado, abrindo uma gama de escolhas ao investidor.