A Bolsa de Valores é um mercado organizado em que são comprados e vendidos ativos financeiros, como ações, títulos, fundos imobiliários, entre outros. Com mais de 400 empresas, ela funciona como uma “praça de negociação”, em que empresas e governos podem levantar recursos, e investidores podem negociar essas ações ou títulos com base em suas expectativas de valor.
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No caso do Brasil, ela é chamada de B3, nome da empresa que administra a Bolsa de Valores, localizada em São Paulo. Na B3, as empresas podem abrir seu capital e vender ações para o público, permitindo que os investidores adquiram uma parte dessas empresas e se tornem sócios. Em troca, as empresas conseguem captar dinheiro para investir em seus projetos e expandir seus negócios.
A bolsa de valores permite que o capital seja redistribuído de forma mais eficiente, ajudando no crescimento das empresas e no desenvolvimento de novos projetos. Para os investidores, oferece a possibilidade de lucros, mas também apresenta riscos, já que o valor dos ativos pode variar dependendo do desempenho da empresa ou das condições econômicas. Um exemplo seria o aumento na taxa básica de juros, a Selic, que está em 11,25%. Esta reportagem do E-Investidor explica o assunto.
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Segundo o próprio site da B3, a bolsa é uma “sociedade de capital aberto – cujas ações (B3SA3) são negociadas no Novo Mercado. A companhia integra os índices Ibovespa, IBrX-50, IBrX e Itag, entre outros”.
Além disso, a B3 atua como contraparte central garantidora para a maior parte das operações realizadas em seus mercados, o que significa que ela assume o risco de inadimplência, garantindo que as transações sejam cumpridas, mesmo se uma das partes não conseguir honrar seus compromissos. A empresa também oferece serviços de central depositária e central de registro, que garantem a segurança e a transparência das operações realizadas no mercado financeiro.
Hoje, 17,7 milhões de pessoas físicas investem em renda fixa na B3 e mais de 5 milhões de investidores em renda variável.
O que são Bovespa e Ibovespa?
Bovespa era a sigla para Bolsa de Valores de São Paulo (atualmente chamada de B3) até 2008. Ela foi fundada em 1890 e desempenhou um papel central no mercado de ações brasileiro. Durante muitos anos, foi o local onde as empresas listavam suas ações e os investidores compravam e vendiam esses ativos.
Em 2008, a Bovespa se fundiu com a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) e outras instituições para criar a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Com a criação da B3, a Bovespa deixou de ser uma entidade independente e passou a ser um dos segmentos da nova bolsa, que concentra operações de ações, derivativos, commodities e outros ativos financeiros.
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Já o Ibovespa é o Índice Bovespa, o principal indicador de desempenho do mercado de ações da B3. De acordo com bolsa de valores, ele reflete a média ponderada das cotações das ações mais negociadas na bolsa e serve como um termômetro do mercado de ações brasileiro.
O índice é composto pelas ações das empresas que apresentam maior volume de negociação e maior relevância no mercado financeiro. Ou seja, o Ibovespa acompanha o desempenho das ações mais negociadas da bolsa, refletindo a saúde e a tendência do mercado acionário brasileiro de uma forma geral.
Esse índice é utilizado por investidores como referência para comparar o desempenho de seus investimentos em ações com o comportamento do mercado em geral. Quando o Ibovespa sobe, isso geralmente significa que o mercado de ações está em alta, e quando ele cai, o mercado pode estar enfrentando dificuldades.
Vale ressaltar que o Ibovespa B3 é reavaliado a cada quatro meses (na primeira segunda-feira de janeiro, maio e setembro) e todas as ações e units de companhias listadas devem atender a critérios na metodologia. São eles: estar entre os ativos que representem 85% em ordem decrescente do Índice de Negociabilidade (IN)(buffer 90%); 95% de presença em pregão; 0,1% do volume financeiro no mercado a vista (lote-padrão); e não ser penny stock (empresas negociadas a valores ínfimos).
Como investir na B3?
O Hub da B3 oferece diversos recursos educativos, com informações sobre como investir, como analisar empresas e como lidar com os riscos do mercado. Antes de investir, é importante saber qual é o seu perfil de investidor, ou seja, o seu nível de tolerância ao risco. Isso ajudará a definir sua estratégia de investimento:
- Conservador: prefere segurança e estabilidade, com menor exposição ao risco;
- Moderado: aceita riscos controlados em busca de melhores retornos;
- Arrojado: está disposto a assumir riscos mais elevados em busca de maiores lucros.
A renda variável pode ser volátil, ou seja, os preços das ações podem oscilar bastante no curto prazo. Se o objetivo é ter previsibilidade e não correr riscos elevados, ações podem não ser a melhor escolha. Portanto, é fundamental definir o prazo do investimento – se é curto, médio ou longo – e escolher ativos compatíveis com esse prazo.
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Para investir na B3, é necessário abrir conta em uma corretora de valores. O investidor deve ter preferência por uma corretora que seja reconhecida e regulada pelas autoridades do mercado, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A corretora é responsável por intermediar as transações na bolsa.
Investir na bolsa de valores envolve alguns custos além do valor das ações. Veja algumas taxas:
- Taxa de Corretagem: taxa cobrada pela corretora para realizar a compra e venda de ações. Ela pode variar de acordo com a corretora e o plano contratado (em alguns casos, não é cobrada, ou é cobrada de acordo com o volume de operações);
- Taxa de Custódia: taxa cobrada pela B3 para manter as ações ou outros ativos registrados em seu nome;
- Taxas de Transferência Bancária: quando você envia dinheiro da sua conta bancária para a corretora, algumas instituições podem cobrar uma taxa para realizar a transferência;
- ISS (Imposto sobre Serviços): um imposto de 5% sobre o valor da corretagem cobrada pela corretora;
- Emolumentos: taxas variáveis cobradas pela bolsa de valores, dependendo do tipo de operação (ações, derivativos, etc.).