O 13º salário é um benefício correspondente a um salário, oferecido aos trabalhadores no final de cada ano, como explica esta reportagem do E-Investidor. Também conhecido como “gratificação natalina”, o montante é pago aos empregados com carteira assinada, aposentados, pensionistas e servidores. O pagamento da primeira parcela acontece entre 1º de fevereiro e 30 de novembro – a segunda tem como prazo final o dia 20 de dezembro.
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Segundo Camila Poltronieri Flaquer, head de Cobrança Digital da Recovery, “o 13º pode ser um aliado na hora de se organizar financeiramente e renegociar as dívidas.” Ela acrescenta: “Sugiro às pessoas se organizarem para usar o dinheiro para esse fim e para priorizarem as dívidas mais caras, como as de cartão de crédito, pois são elas que mais comprometem o orçamento”.
Para sair do endividamento, o primeiro passo é o reconhecimento do problema, entender a necessidade de alcançar os benefícios de uma vida sem dívidas.
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Flaquer explica que ter o controle de rendimentos e gastos é um passo fundamental. Assim, é possível identificar gargalos como compras por impulso, gastos com aplicativos de comida, aplicativos de transporte, entre outros.
A head de Cobrança Digital recomenda um passo a passo simples e eficiente:
- liste todas as suas dívidas, incluindo valores, prazos e taxas de juros;
- faça as contas de quanto do 13º será possível utilizar para pagar as dívidas;
- defina quais dívidas têm prioridade para pagamento (as dívidas com taxas de juros mais altas, como as de cartão de crédito, devem ser prioridade);
- negocie condições melhores com os credores e use o 13º como argumento;
- e, o mais importante, ter clareza sobre as finanças é o primeiro passo para retomar o controle e conseguir renegociar as contas atrasadas.
Como utilizar o 13º salário para pagar dívidas de cartão de crédito?
A head de Cobrança Digital lembra: “O cartão de crédito possui uma das taxas de juros mais altas do mercado. Pagar essas dívidas com o 13º pode reduzir o impacto dos juros no longo prazo e libera recursos para outras necessidades. Caso não consiga quitar a dívida integralmente, também é possível parcelar a dívida. Mas é importante avaliar se você continuará conseguindo pagar as parcelas quando o ano começar”.
Além disso, ao utilizar o 13º salário para pagar as dívidas de cartão de crédito, você pode evitar o acúmulo de juros elevados, que podem transformar uma dívida pequena em algo impagável rapidamente. Muitos consumidores acabam se endividando ainda mais devido ao não pagamento integral das faturas, o que resulta na cobrança de juros compostos.
“Antecipar parcelas pode ser uma estratégia inteligente para reduzir o saldo devedor e os juros acumulados. É Importante verificar com o credor se há descontos para pagamentos antecipados, pois isso torna a antecipação ainda mais vantajosa”, completa Flaquer.
Como calcular o valor das dívidas e decidir a melhor maneira de usar o 13º?
Camila Flaquer recomenda que, para utilizar o 13º salário de maneira eficaz no pagamento das dívidas, a primeira medida é somar o valor total das dívidas, incluindo juros, taxas e encargos: “Priorize as dívidas que mais pesam no orçamento e aquelas com taxas de juros mais altas”. Essas tendem a se multiplicar rapidamente e, portanto, devem ser resolvidas o quanto antes.
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Caso o valor do 13º não seja suficiente para quitar todas as dívidas, uma alternativa é utilizar o montante disponível para negociar com os credores. Tentar obter um desconto para o pagamento à vista ou, se necessário, parcelar o saldo devedor com condições mais favoráveis.
A head de cobrança da Recovery também lembra que “é possível consultar o valor total das suas dívidas de forma prática, entrando em contato diretamente com os credores ou utilizando plataformas digitais de consulta ao CPF [Cadastro de Pessoa Física], como as do Serasa e Boa Vista”.
O objetivo é que essas ferramentas permitam que o endividado tenha uma visão clara de todas as pendências financeiras e o valor total que precisa ser quitado. Além disso, essas plataformas podem ofereceer oportunidades de renegociação de dívidas diretamente pelo site, o que pode ser uma forma mais ágil e conveniente de resolver a situação.
Ao somar suas dívidas e considerar o valor disponível no 13º salário, será possível planejar um pagamento mais eficiente e, com isso, diminuir consideravelmente a pressão financeira.
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“O segredo está em aliar planejamento e ação. O 13º salário é um recurso que pode ajudar muito a quitar as dívidas e encerrar o ano com mais tranquilidade”, diz Camila Poltronieri Flaquer. “Conheça o valor das suas dívidas e veja quanto do seu 13º você consegue direcionar para quitá-las. Aproveite as ferramentas disponíveis, como os feirões de renegociação que acontecem agora no final de ano e que oferecem descontos de até 99% e parcelamentos flexíveis”, sugere ela