O Citi avalia, em relatório, que, embora o pacote fiscal anunciado nesta semana pelo governo, com uma economia prevista de R$ 71,9 bilhões (0,7% do PIB) em 2025 e 2026, esteja em linha com o esperado, “isso não implica necessariamente que [as medidas] sejam suficientes para permitir que a administração alcance a meta fiscal neutra de 2025”.
Leia também
A despeito disso, o banco vê positivamente o tamanho do pacote de corte de gastos, visto que havia pressão de alguns integrantes da administração para atenuar as medidas. “Isso quer dizer que o Ministério da Fazenda conseguiu resistir e manter, em geral, o pacote que havia planejado”, destaca, em relatório.
O Citi aponta ainda que a maioria das medidas são estruturais, resultando na diminuição permanente dos gastos obrigatórios primários uma vez aprovados. “A desvinculação de receitas, a mudança no salário mínimo, a diminuição dos gastos com educação e benefícios sociais, e a mudança na regra de emendas parlamentares são os pilares dos projetos”, detalha. Veja todas as mudanças nesses benefícios nesta matéria.
Durante a negociação com o Congresso, o banco afirma que os mercados se tornarão especialmente sensíveis a quaisquer mudanças nessas medidas. “Qualquer atenuação se tornará altamente importante tanto do ponto de vista fundamental quanto de precificação de mercado”, ressalta.
Isenção do IR até R$ 5 mil no pacote fiscal
O banco destaca também que a divulgação inesperada da isenção do Imposto de Renda para quem tem renda até R$ 5 mil junto ao pacote fiscal foi recebida negativamente pelo mercado, o que o governo diz que será compensado por um aumento do IR para aqueles que ganham mais de R$ 600 mil por ano, com um impacto fiscal líquido de zero, segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Tudo isso, é claro, está condicionado à aprovação do Congresso, que ainda está pendente”, conclui o Citi.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
* Com informações do Broadcast