O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) deve subir a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto porcentual. A taxa de juros deve ir dos atuais 11,25% para a casa dos 12% ao ano. Segundo os analistas, a estimativa de uma alta de juros maior acontece após o governo não apresentar um pacote consistente de corte de gastos.
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“Como o governo não sinalizou uma redução mais forte no crescimento dos gastos, isso provocou outra rodada de deterioração das condições financeiras, especialmente do real em relação ao dólar. Esse foi o principal motivo que nos levou a esperar que o Banco Central acelerasse o ritmo de alta de juros para 0,75 ponto porcentual”, dizem Rafael De La Fuente e mais 4 economistas do UBS, que assinam o relatório em conjunto.
Eles comentam que, uma vez no novo ritmo, o Copom continuará aumentando a Selic em 0,75 em janeiro e março, levando a taxa a um pico de 13,50%. Na visão dos especialistas, essa deve ser a taxa ao longo de 2025, que só deve apresentar espaço para cortes no início de 2026.
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“Também nesta semana, na terça-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, para o qual esperamos uma alta mensal de 0,38%. Em 12 meses, acreditamos que a inflação aceleraria de 4,76% para 4,86%”, explicam os analistas do UBS após a divulgação das estimativas para a Selic.