A agenda desta quarta-feira (11) será marcada pela última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2024, que pretende subir a taxa Selic mais uma vez. Para ficar de olho no mercado financeiro hoje, a Petrobras (PETR3;PETR4) detalhou novas informações sobre seus dividendos e a Suzano (SUZB3) elevou sua estimativa de capex (investimentos em produção) para 2024. Além disso, a Eletrobras (ELET3), B3 (B3SA3) e a CCR (CCRO3) também aparecem em destaque, sendo que as duas últimas divulgaram dados operacionais ontem.
- Selic a 12% ou 12,25%? Mercado chega dividido ao último Copom de 2024
Segundo o Projeções Broadcast, a estimativa é de que o Copom deve aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto porcentual, para 12%. O mercado, no entanto, se mostra dividido, dando margem para elevação de 1 ponto porcentual. Assim, os investidores devem se fixar nas sinalizações sobre os próximos passos do Banco Central em 2025. No cenário exterior, investidores acompanham a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) dos Estados Unidos em novembro.
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Entre as commodities, o movimento é misto. O minério de ferro fechou em queda de 0,8% em Dalian, cotado a 802 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 110,59. O petróleo, por outro lado, opera no positivo pela terceira sessão consecutiva, em meio a persistentes riscos geopolíticos e sinais positivos à demanda. O Brent sobe 0,61%, cotado a US$ 72,80 por barril, e o WTI avança 1,04%, a US$ 69,66.
Confira as principais ações para manter no radar hoje
Suzano (SUZB3)
A Suzano elevou estimativa de capex, ou seja, suas despesas de capital para incremento produtivo, para 2024 de R$ 16,5 bilhões para R$ 17,1 bilhões. A elevação da previsão atual em relação a anterior, segundo a empresa, se deve principalmente ao maior investimento na rubrica de “Terras e Florestas”. Além disso, reflete o efeito da depreciação do real ante o dólar, considerando o preço na moeda americana relativo à aquisição de ativos florestais. Para 2025, a previsão é de R$ 12,4 bilhões em investimento de capital.
Eletrobras (ELET3)
A Eletrobras informou, na noite de ontem, que foram rejeitados os segundos embargos de declaração opostos pela empresa em ação de cobrança do Estado do Piauí. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa lembra que a Ação Cível Originária nº 3.024 está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
B3 (B3SA3)
A B3 registrou volume financeiro médio diário de R$ 26,435 bilhões em novembro, recuo de 3,8% na comparação com igual mês de 2023. Já em relação a outubro, o resultado foi 18,5% maior, segundo dados operacionais divulgados ontem. Os maiores volumes vieram do mercado à vista de ações, com R$ 25,370 bilhões na média diária, queda anual de 4,1% e alta mensal de 18,4%.
Prio (PRIO3)
A Fitch elevou o rating nacional de longo prazo da Prio para ‘AAA(bra)’, após a conclusão da aquisição da Sinochem. A perspectiva é estável.
Fleury (FLRY3)
O Fleury pagará R$ 116.428.375,98 na forma de JCP, ao valor bruto por ação de R$ 0,21. As ações serão negociadas “ex-JCP” a partir do próximo dia 16.
Alpargatas (ALPA4)
A Bonsucex Holding passou a deter, em conjunto com seu acionista Silvio Tini de Araújo, 83.728.378 ações da Alpargatas, ou 12,257% do total de ações de emissão da companhia. Do total, 52.123.188 são preferenciais (15,288%) e 31.605.190 são ordinárias (9,309%).
Natura (NTCO3)
A Pzena Investment Management elevou sua participação acionária na Natura &Co para 73.812.600 ações ordinárias, ou 5,35% do total.
Aeris (AERI3)
A fabricante de pás eólicas Aeris confirmou, na noite de ontem, que seus controladores estão em tratativas com a chinesa Sinoma Blade para venda de participação na empresa. Em fato relevante enviado à CVM, a empresa explica que após notícia publicada na imprensa questionou seus controladores sobre o teor da mesma, que confirmaram as tratativas. Ontem, nos instantes finais do pregão, as ações da empresa dispararam, fechando com forte valorização de 58,42%, na cotação máxima de R$ 8, liderando, de longe, os ganhos do mercado doméstico.
Gol (GOLL4)
As ações da Gol têm potencial para continuar refletindo a proposta do plano de reestruturação, apresentado ontem pela companhia a credores, na Corte de Falências de Nova York. A primeira audiência para discutir o plano está marcada para 15 de janeiro. Já a audiência que pode confirmá-lo está prevista para o dia 7 de março. Ontem, as ações subiram 12%, entre as maiores do mercado.
CCR (CCRO3)
O tráfego total de veículos nas concessões rodoviárias que a CCR administra subiu 0,6% em novembro ante o mesmo mês de 2023, informou a empresa na noite desta terça-feira (10). As concessionárias que exibiram maior alta no fluxo foram ViaSul (+10,1%), ViaCosteira (+6,6%), Renovias (+3,4%). Já as que tiveram maior queda no fluxo foram MSVia (-10,3%), RodoAnel Oeste (-2,2%) e SPVias (-1,2%).
CBA (CBAV3)
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu ontem recomendar ao Ministério de Minas e Energia (MME) o indeferimento do pedido de prorrogação do prazo de concessão à exploração da Usina Hidrelétrica Sobragi, outorgada à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).
Allos (ALOS3)
A Sierra Investments Holdings B.V. passou a deter 27.248.052 ações ordinárias de emissão da Allos, representativas de 5,02% do capital social da companhia.
Tupy (TUPY3)
A Tupy anunciou a expansão do seu Centro de Distribuição de Peças (CDP), em Jundiaí, interior paulista, como resultado da projeção de aumento de portfólio de peças de reposição MWM para 2025.
Braskem (BRKM5)
Fontes afirmaram à Coluna do Broadcast que a troca de gestão da Braskem indica maior rapidez nos planos já sinalizados de busca por rentabilidade diante de um ciclo de baixa prolongado na indústria petroquímica.
Itaú (ITUB4)
O Itaú confirmou que acusou o ex-CFO Alexsandro Broedel de “conflito de interesses” ao contratar pareceres. O posicionamento decorre de uma resposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que abriu na segunda-feira um processo administrativo para investigar as denúncias feitas pelo banco. Veja os detalhes aqui.
Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras detalhou nesta terça-feira (10) que os dividendos de R$ 17,12 bilhões referentes ao terceiro trimestre deste ano serão pagos em duas parcelas. A primeira, de R$ 0,66410331 por ação, em 20 de fevereiro de 2025 na forma de juros sobre capital próprio (JCP). E a segunda, de R$ 0,66410330 por ação, em 20 de março, sendo R$ 0,01053822 como JCP e R$ 0,65356508 como dividendos.
*Colaboração de Amélia Alves
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